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"Educação na rua, prefeito a culpa é sua", essa foi a frase que os trabalhadores/as de Várzea Grande diziam em coro, caminhando em fileiras pelas Avenidas Couto Magalhães e Filinto Müller. A população parou para acompanhar a manifestação dos professores/as e funcionários/as da educação nesta terça-feira (18.02), segundo dia de greve por tempo indeterminado na rede municipal de ensino. A concentração começou por volta dás 7h30, na Praça Pedro Pedrossiam, inicio da Avenida Couto Magalhães, próximo à sede do sindicato
Durante a caminhada o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, subsede Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares Ferreira, chamou a atenção da sociedade falta de compromisso dos órgãos competentes. "Esta é a quarta greve na administração do prefeito Wallace Guimarães, que tem tratado a categoria com falta de respeito e não cumpre com o que assina. Hoje o piso salarial da educação é de R$906,00, o mesmo valor que recebia em 2012. Isso é uma vergonha!", falou o professor Gilmar Soares.
A deliberação da categoria foi aprovada em Assembleia Geral, com mais de 80% das escolas, no último dia 11 de fevereiro. "Esta é uma greve por tempo indeterminado. A categoria está muito indignada e decidida a retornar só quando o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) for aprovado e sancionado pelo prefeito", completa o professor Gilmar afirmando que a greve é uma das maiores, em termo de participação da categoria.
Durante o Ato Público, a Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT), representada pelo secretário de finanças, Jocelino Amorin, manifestou apoio aos profissionais da educação de Várzea Grande. "A greve é instrumento legítimo para a classe trabalhada cobrar os seus direitos e melhoria das condições de vida. Por isso a CUT está junto com a educação de Várzea Grande cobrando não só um piso salarial digno, mas também, condições de trabalho decente e uma escola decente para os 23 mil alunos", afirmou o diretor da CUT/MT, lembrando das péssimas condições de infraestrutura das escolas em VG.
Agenda
No final da atividade de hoje, o sindicato convocou a categoria para fazer "vigília na Câmara de Vereadores", na quarta-feira (19), às 17h e "ato público" na prefeitura, com concentração na Câmara, na quinta-feira (20), às 7h30.
