Em evento sobre avanços econômicos, organização destacou a necessidade de melhorar a educação para alcançar o nível dos países de renda mais alta
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pediu nesta sexta-feira que o Brasil melhore o acesso à educação de qualidade e resolva os gargalos no desenvolvimento de infraestrutura e formação dos trabalhadores para melhorar a produtividade no país. A declaração foi feita em Sydney, na Austrália, durante a apresentação do relatório Avançando Rumo ao Crescimento 2014, que traz um panorâma econômico dos países pertencentes ao grupo.
Além do Brasil, a organização também citou o México e o Chile e ressaltou a necessidade de melhorar a educação nesses países para elevar os padrões de vida e corrigir os desequilíbrios na produtividade para alcançar as nações de renda mais alta. A OCDE reivindicou ainda melhorias na universalização do ensino e na formação dos professores, destacando a necessidade de aumento salarial para a categoria.
No relatório, a OCDE diz que o Brasil tem caminhado na implementação de políticas públicas para reveter as baixas taxas educacionais e destacou o programa Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece cursos voltados para o mercado de trabalho, como meio de oferecer formação profissinal à população de baixa renda.
A entidade também ressaltou o problema do repasse de recursos aos setores mais produtivos e os controles estatais generalizados, e pediu que o Brasil leve em conta as desigualdades nas habilidades e a baixa participação profissional, especialmente de mulheres e de recém-chegados ao mercado de trabalho, para elevar as taxas de emprego ao níveis que estavam antes da crise mundial.