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O Sindicato dos Profissionais de Educação de Mato Grosso (Sintep/MT), representado pela secretária adjunta de infraestrutura sindical, Edina Martins de Oliveira e pelo professor Ailton Amorin, assinaram a nota de repúdio aprovada no IV Encontro de formação Continuada do Comitê Interinstitucional Permanente da Educação do Campo (CIPEC -MT), que aconteceu nos dias 08, 09 e 10 de junho.
A nota foi em repúdio as atitudes de gestor da Escola Municipal Rural Padre Dionísio Kuduaviz, localizada na Gleba Cascata, linha 04, na zona rural do município de Rondonópolis/MT, que coibiu a participação de três professoras no IV Encontro.
CARTA DE REPÚDIO
O Comitê Interinstitucional Permanente da Educação do Campo do Estado de Mato Grosso, através dos seus membros vem registrar indignação ao fato ocorrido na Escola Municipal Rural Padre Dionísio Kuduaviz, localizada na Gleba Cascata, linha 04, na zona rural do município de Rondonópolis/MT, referente a atitude do diretor da referida Unidade de Ensino, em não oportunizar a participação de três professoras no IV Encontro de Formação Continuada do CIPEC/MT, ocorrido no Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário Prestes, nos dias 08,09 e 10 de junho do corrente ano, cujo objetivo é realizar a formação dos membros dos comitês municipais regionais e estadual e debater a educação do campo no estado.
Importante ressaltar que as referidas docentes, tal qual a professora Maria de Fátima Lemes, também professora da mencionada escola, foram eleitas em um encontro realizado no dia 10 de maio do ano de 2014, cuja ação foi a criação do Comitê Interinstitucional Regional da Região Sul do estado de Mato Grosso. De acordo com o relato da professora Maria de Fátima, o diretor da referida escola ao ser informado da participação dessas professoras no mencionado encontro, afirmou que tais ausências na escola, não estava respaldada tanto pela Secretaria Municipal de Educação, quanto pelos demais colegas da Unidade de Ensino, o que impediria que esses profissionais participassem do encontro. Caso essas professoras insistissem em participar do evento teriam os dias de não comparecimento a escola enviados ao órgão competente para desconto em folha de pagamento. Além disso, essas professoras, caso não obedecessem receberiam uma advertência, por escrito, quando retornassem a escola.
Diante desse fato as professoras tentaram de várias maneiras negociar com o referido diretor no sentido de se ausentarem da escola, propondo inclusive reposição dos dias em que estariam ausentes de suas atividades na Unidade de Ensino. Mesmo assim, o gestor da escola foi irredutível, o que ocasionou na desistência de duas professoras ao evento, vindo somente a professora Maria de Fátima que se arriscou em prol de uma luta, que também deveria ser do referido gestor, que é a busca por melhorias para a Educação do Campo e da qualidade do ensino nas escolas.
Tal fato em muito nos indigna especialmente porque o mencionado diretor atuando em escola do campo, deveria ser um dos agentes na busca por programar uma Educação do Campo que tanto os movimentos sociais e os trabalhadores que vivem no campo almejam. Portanto, sua atitude vem em desencontro a tudo o que é proposto acerca da Educação do Campo. Assim sua atitude é repudiada publicamente por esse colegiado.
Várzea Grande, 10 de junho de 2014.
