O professor Ailton Amorim representou o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), nos dias 12, 13 e 14 de setembro, na oficina da Universidade Popular dos Movimentos Sociais (UPMS), realizada no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Na sexta-feira (12), o professor Dr. Boaventura de Sousa Santos, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, foi agraciado com o Título de Doutor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Logo após a cerimônia de entrega da honraria, o professor Boaventura Santos proferiu a palestra "A Universidade Pluriversa: a educação tem quem a eduque?"

Também na ocasião, foi lançado o livro "O direito dos oprimidos". Este é o primeiro volume da coleção Sociologia Crítica do Direito - um conjunto de livros com os estudos realizados pelo professor Boaventura Santos nas últimas quatro décadas sobre temas de sociologia do direito. Neste livro, ele publica o primeiro estudo, realizado no início da década de 1970.

O professor enfatizou a importância da formação cidadã e defendeu a autonomia das universidades. "Ao invés de buscar formação direcionada ao mercado, que sempre resulta em descompasso, as universidades devem buscar uma formação crítica, cidadã e independente, para que cada um possa exercer seu pleno papel na sociedade", afirmou o professor Dr. Boaventura..

De acordo com o professor Ailton, a Oficina da UPMS contou com diversos movimentos que nos seus diferentes espaços de atuação e militância contribuíram para aumentar a expectativa de construirmos juntos uma luta unitária que ajude a combater o sistema opressor "o capitalista".

"Entendemos que cada um desses movimentos tem atuações excelentes, mas que em grande parte fica isolado, pois ainda não destruímos a carapaça do sistema que individualiza, quando as ações são visibilizadas a todos aí percebemos que estamos fazendo muita coisa e todas elas é no sentido de derrotar o opressor, temos um infinito de possibilidades que se pensadas juntas terá efeitos muito melhores, precisamos compreender que nas nossas especificidades pois nossas diversidades são também infinitas o que temos de comum é o que os detentores do capital mais sabem, sabem mais ainda que se juntarmos somos mais fortes que eles, mas como o aparato de comunicação mais visível está a serviço deles sempre levam vantagens. Precisamos nos dar conta do potencial que temos, mesmo entendendo que o capitalismo nunca esteve tão organizado como se está agora. Temos que nos apoderar dessa forma de pensar para melhorar nossas organizações e atuações", explica o professor Ailton Amorin.

UPMS
A UPMS não é um espaço físico, embora poderá desdobrar em ações que construa esse espaço, mas é sobretudo a convergência de saberes, a organização dos ideais e bandeiras de luta de cada movimento que atua nos mais diversos espaços e situações para além das fronteiras. É um espaço onde os saberes se encontram e dialogam para a construção do conhecimento e, o mesmo esteja a serviço de todos os povos para que o mesmo "tome o poder".

Foi em janeiro 2002, durante o Fórum Social Europeu, realizado em Florença/ Itália, que se começou a ponderar a criação de uma universidade popular dos movimentos sociais que visasse recuperar, sistematizar e demonstrar os saberes dos movimentos sociais - muitas vezes invisibilizados - e, assim fortalecer o Fórum Social Mundial.

Com informações do site da UFMT e da UPMS

Cuiabá, MT - 15/09/2014 10:30:16


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