Colocar em prática as políticas conquistadas e construir outras que garantam de fato o espaço das mulheres na sociedade foram as principais metas das discussões abordadas na I Conferência Intermunicipal de Política para Mulheres da Baixada Cuiabana, realizada nesta sexta-feira (25.09), em Cuiabá. Das discussões cujo tema central foi “Mais Direitos,

Participação e Poder para as Mulheres”, sairá o documento encaminhado para o debate nacional, em Brasília, em 2016.A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Estado, Rosana Leite de Barros, defendeu a realização de reuniões periódicas para reafirmar e atualizar as políticas para mulheres. “Esse será um dos encaminhamentos que daremos – Conselho e sociedade – junto ao governo estadual para a efetivação das políticas”, destacou ela.

Para a secretária Geral da CUT– MT, Guelda Andrade, os debates fortalecem as políticas e reafirmam o espaço feminino na sociedade, acabando com a segregação que as mulheres do campo e da cidade enfrentam. “Representamos 42% das trabalhadoras formais no Estado, no entanto convivemos com a perda de direitos e falta de respeito, salários mais baixos que dos homens, violência física e psicológica, assédio moral e sexual. Temos que reafirmar nosso espaço”.
Segundo a superintendente de Política para Mulheres de Mato Grosso, Isabel Cristina Silveira, as conquistas para as mulheres em MT – foi o primeiro Estado do país na implantação da Lei Maria da Penha -, mas isso não o torna modelo em garantia de políticas de atendimento às mulheres. “Precisamos ter em mente três pontos fundamentais para a luta: a indignação contra a desigualdade, participação social (associações, sindicatos, etc) e estruturação (assumir de fato e direito as lutas)”.

 


Sendo um Sindicato composto por mais de 80% de mulheres, defender o direito feminino, garantindo o espaço político e mais do que um dever, é uma obrigação, destacou o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes, durante a abertura do evento, realizado na sede do Sindicato. Conforme ele, um olhar mais atento sobre o salário do magistério, e tendo a Educação o maior número de mulheres, se compreende o porquê dele ser inferior ao das demais categorias do Estado.

Laura Figueiredo, membro do Colegiado Territorial da Baixada Cuiabana, reforçou a importância de unir forças para consolidar conquistas e lutar contra quem tenta retirar direitos. Como exemplo citou a necessidade de mobilização das mulheres para que em nome da crise econômica não se regrida em direitos. “O governo está querendo acabar com duas grandes conquistas sociais que foram a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a da Igualdade Racial. Temos que ampliar direitos e não reduzi-los”, conclui.


A I Conferência Intermunicipal de Política para Mulheres organizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Territorial da Baixada Cuiabana/UNEMAT, o Colegiado Territorial da Baixada Cuiabana Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Cuiabá reuniu ainda representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Nelson Borges; o presidente da CUT-MT, João Dourado; representantes do Fórum de Mulheres de MT; Fetagri; MST, e mulheres da Baixada Cuiabana.  

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 28/09/2015 15:27:25


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