A desestrutura promovida pelo Governo Taques nas escolas da rede estadual de Mato Grosso já comprometeram o início do ano letivo de 2016.  As afirmações foram averiguadas pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) após inúmeros registros de insatisfação denunciados pelos profissionais da educação e visitas feitas pelos dirigentes das subsedes em vários municípios do Estado.

A rotina vivenciada neste começo de ano nas unidades de Barão de Melgaço, Cáceres, Sinop, Rondonópolis, Cuiabá e Várzea Grande, por exemplo, é quadro incompleto de professores para diversas áreas; contratos temporários, com muitos interinos lotados em mais de duas escolas, a inviabilidade de desenvolvimento dos projetos pedagógicos, o cumprimento das horas atividades e por consequência o desestímulo de permanência nas unidades.

Como não fosse suficiente, as escolas estão sendo obrigadas a reduzir carga horária, juntar turmas e desenvolver atividades de lazer ou recreativa para complementar o horário, quando os estudantes não são liberados mais cedo do que o previsto. É comum nas ruas das grandes cidades, alunos circulando uniformizados, quando deveriam estar na escola. Os problemas são os mesmos para quadros de funcionários. As contratações insuficientes para as áreas de infraestrutura, técnico administrativo e educacional, segurança e limpeza, estão sobrecarregando os poucos que estão lotados.

Os alunos estão voltando para casa mais cedo por falta dos profissionais para acolhê-los. Uma situação dificilmente vista em Mato Grosso com a gravidade que está se apresentando. “Em Várzea Grande constatamos unidades trabalhando com voluntários que estão cobrindo as horas de aula que estão vagas. Ex-alunos das escolas cuidando do portão, sem um contrato de trabalho. Outro ponto são os estudantes portadores de deficiência que por falta de profissional específico, precisam ser atendidos pelos agentes de pátio que tem que leva-los ao banheiro”, denuncia o presidente do Sintep-VG, Gilmar Soares.

Segundo Soares, nunca nos últimos 30 anos de governo se viu tamanho descaso em assegurar as condições para o início do ano letivo. “É lamentável que num governo legalista como o do ex-procurador da República Pedro Taques se vivencie isso. Durante a campanha ele usou a figura da mãe, como professora para destacar o quanto iria respeitar os profissionais da educação, e o que temos hoje é justamente o contrário; o desrespeito total desse governo”.

Outra grave constatação está no fato de grande parte das escolas não terem definido os coordenadores pedagógicos. O fato demonstra a falta de condições reais nas escolas para organizar o quadro de professores. A realidade é uma tragédia do ponto de vista da organização pedagógica da escola.

“Em muitas escolas, não há como organizar o quadro de aulas, pois todos os dias chegam professores. Com o desmonte das equipes pelo atual processo de atribuição, será muito complicado fechar o horário de aulas, em função do grande contingente de contratados interinamente e o fato de terem atribuído aulas picadas em várias escolas”, destaca o presidente da subsede.

Outro drama vivenciado pelos gestores das escolas é que ainda estão sem receber recursos para aquisição de material, para comprar merenda e fazer os pequenos reparos. “Os gestores estão se virando”, afirma professor Gilmar.  Mas a preocupação é que muitos estão se endividando e isso vai onerar ainda mais os serviços nas escolas.
Para o professor Gilmar, a Seduc promove um calote, já que o último repasse de 2015 para as unidades escolares não foi depositado. O que significa endividamento por falta de condições para oferecer até mesmo suco com bolacha, aos estudantes”, finalizou.

Assesoria/Sintep-MT
foto:Ilustrativa

Cuiabá, MT - 19/02/2016 12:45:43


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