As escolas da rede estadual iniciam o ano letivo sem professores, com falta de recursos para aquisição de materiais e para a realização de pequenos reparos nas unidades. Mas, entre as graves situações registradas pelo Sintep-MT está também a falta de carteira para que os estudantes desenvolvam as atividades pedagógicas.

Podemos comparar o início do ano letivo na rede estadual de Mato Grosso a um carro no atoleiro, que tenta avançar aos trancos e barrancos sem desenvolver velocidade”, descreve o secretário de comunicação do Sintep-MT, Gilmar Soares.

Segundo Gilmar Soares, que também é presidente da subsede do Sintep Várzea Grande, o tumulto registrado nas salas das assessorias pedagógicas é “deprimente”. Para além da confusão física está, segundo Soares, um processo que fugiu das regras da transparência. “Ao contrário do que anunciou a Secretaria de Educação, o modelo que viria dar transparência ao processo, na verdade possibilitou a desarticulação de quadros inteiros nas escolas”.

O Governo registra na mídia posições favoráveis de algumas unidades sobre o novo processo de atribuição. Porém, o Sintep-MT aponta que em nenhum momento foi divulgado o número de recursos impetrados por equívocos cometidos com a nova prática. “Se isso fosse feito iria constatar o desastre que foi a atribuição de cargos e aulas. E mais, não há previsão para completar todo o quadro das escolas, tamanha é a fragmentação das aulas por contrato”, avalia.

Diante dessa realidade construída no atual Governo, os profissionais que ainda formam filas nas Assessoria Pedagógicas, a fim de atribuir cargos e aulas para compor o quadro pedagógico das escolas, deverão em breve submeter os estudantes a avaliação pedagógica externa, realizada por instituição nacional. Essa é mais uma medida anunciada pela Seduc-MT na proposta do Governo de Transformação.

Para o Sintep-MT, a precarização que será constatada, justamente por não reunir as condições para um ensino de qualidade, poderá justificar a tentativa de terceirizar da gestão das escolas, como já acontece no Estado de Goiás. “As práticas no Estado vizinho estão servindo de laboratório para as políticas de terceirização e ações meritocráticas impostas pelos governos ditatoriais do PSDB”, afirma.

O Sindicato reafirma que a luta contra a negligência do governo Taques será desafiadora para a categoria. “Está chegando a hora da própria categoria demonstrar na luta, que tem consciência dos direitos duramente conquistados nos últimos anos e que o Governo Taques dá claros sinais de que vai destruí-los para favorecer as ações empresariais nas escolas. É questão de tempo!”, conclui.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 24/02/2016 15:27:48


Print Friendly and PDF

Exibindo: 3661-3670 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter