Qual a bandeira  que te faz viver? Ou ainda, quais são as bandeiras da sua vida? Os questionamentos fundamentaram a palestra de abertura do 1º Encontro Estadual da Juventude do Sintep-MT, na sexta-feira (22.04), na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, em Cuiabá. O palestrante estadual, professor Gilmar Soares Ferreira, secretário de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), contextualizou a conjuntura política e econômica contemporânea, destacando a disputa dos projetos políticos do cenário nacional e os impactos na Educação.

O Encontro reuniu jovens, entre 19 a 35 anos, profissionais da educação eleitos em encontros municipais do Sintep, para participarem do diálogo que visa debater os principais desafios no processo de luta da categoria dessa faixa etária. “A maioria é novata no espaço escolar e é preciso dar vez e voz, abrir espaço para se manifestarem, pois todos são sujeitos das histórias de transformação”, argumenta Soares.

A educadora Macileide Medeiros de Faria, 21 anos, de Primavera do Leste, recém filiada ao Sintep/MT, destaca que após dois anos atuando, foi conhecer a pauta sindical recentemente, quando mudou de escola. “Os colegas dessa nova unidade me despertaram para a importância de participar do movimento sindical. Em pouco tempo filiada já aprendi muito e espero poder contribuir para a valorização da categoria”, disse.
História da Luta

O segundo palestrante do dia foi o professor Ubiratan Francisco de Oliveira, o Bira, professor da Universidade Federal do Tocantins, abordou no tema da mesa: “História do movimento sindical e os desafios para participação da juventude trabalhadora da Educação”. Conforme ele, a categoria da Educação deve ser a que mais tem compromisso com a juventude. “A educação lida diretamente com os jovens e são eles os que sonham e não há luta sem sonhos”, destacou.

O professor abordou a luta dos movimentos sociais a partir de fatos políticos, econômicos e sociais da história, da Idade Média até o modernismo, para contextualizar o perfil da sociedade contemporânea, de formação capitalista cristã, e assim esclarecer os desafios que a comunidade escolar e toda a sociedade vivencia hoje, na Educação. “Uma sociedade construída a partir de um projeto machista, sexista e violento”.

Mônica Santos Rodrigues, 30 anos, professora em Diamantino, destaca que o olhar sindical revela os desafios dos trabalhadores e o grande desconhecimento deles sobre os seus direitos. “A discussão e o debate nos proporcionam formação e informação”, destaca. Conforme ela, é preciso participar para acabar com a estagnação que existe nas escolas e a apatia de muitos que não enxergam de forma positiva a luta sindical. 

O Encontro da Juventude terá dois dias de debates (22 e 23.04)  para debater : Participação e Representatividade da Juventude no Movimento Político e Sindical; Democratização dos Meios de Comunicação e uso das TICs como instrumento de mobilização social. E ainda, Desafios da organização de Trabalhadores (as) jovens no Movimento Sindical.

Cuiabá, MT - 22/04/2016 17:32:07


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