O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) declarou indignação à manobra utilizada pelo governo Taques para acabar com a pressão social sobre a PEC do Teto dos Gastos (nº 10/2017). Na última quinta-feira divulgou uma nota justificando falta de recursos para o pagamento de aposentados e pensionistas do estado e protelando do dia 5 para o dia 10 de outubro o pagamento.
Para a direção do Sintep/MT se trata de mais uma estratégia na tentativa de ganhar a opinião pública com a falácia de falta de recursos e assim fazer pressão para a aprovação da PEC do Teto, em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Durante a semana por quatro vezes a sessão legislativa foi obstruída pelos Fórum Sindical, servidores públicos e movimentos sociais, evitando a votação do projeto
“É lamentável que para convencer à população da importância de congelar investimentos públicos jogue com a vida de pessoas que deram a vida pelo serviço público e que têm no vencimento a única condição de sobrevivência”, destaca o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento.
Dados apresentados por representantes do legislativo somado as notícias econômicas da semana, publicadas pelos veículos de comunicação, constatam que a economia do estado terá um crescimento de 10% para 2018, o que não justifica a PEC do Teto dos Gastos. “É uma contradição. Não justifica penalizar a população com congelamento dos investimentos nas áreas da Educação, Saúde, Segurança, entre outras, enquanto quando se tem aumento de receita”, destaca.
Lopes ressalta que o problema do governo está nas prioridades, pois se faltam recursos para pagamento da folha não justifica isenção de impostos e renúncia fiscal. “Numa atitude totalmente incoerente o governo Taques garante R$ 2,4 bi de isenção em 2017, prevendo R$ 3,5 bi para os próximos anos, e deixa os aposentados sem salários”, conclui.