Na segunda conferência do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, o professor e deputado federal da República da Argentina, Axel Kicillof, disse ser necessário resgatar a educação como instrumento de libertação das pessoas, bem como a organização dos sindicatos e a integração regional para vencer o neoliberalismo.
Axel fez um retrato da crise política e econômica que tomou conta do mundo e da América Latina desde 2008. Segundo ele, que tratou o tema “América Latina diante do Refluxo dos Governos Populares e do Restabelecimentos Neoliberal”, a atual crise que atingiu vários países do mundo, entre eles os mais desenvolvidos, pode ser a maior da história desde 1930. “Os economistas no mundo não admitem essa condição para essa crise que surgiu em 2008, mas não tenho dúvida que enfretamos nos últimos anos a maior crise do sistema capitalista”, afirmou.
Para ele, a melhor forma de se enfrentar a crise não é retirando diretos dos trabalhadores, como estão ocorrendo em vários países latinos, como no Brasil e na Argentina. “Ao contrário, defender os trabalhadores é a melhor forma de enfrentarmos a crise”, destacou.
Axel Kicillof considera que a situação da crise política e econômica nos países da América Latina é muito indefinida. “Essa onda neoliberal vamos responder para refutá-la e a palavra é Lula”, declarou ele, sendo aplaudido pela plenária.
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Para o deputado argentino, que já foi ministro da economia de seu país, a única receita para sair do subdesenvolvimento e do neoliberalismo é a unidade dos movimentos. “Precisamos da resistência e da luta popular.” Axel defende a organização dos sindicatos e a integração regional da América Latina para superar as políticas neoliberais.
Ele lembra que a educação pública atenta contra o projeto neoliberal. “A forma e o antídoto é a educação popular, e o que está sendo feito aqui neste encontro. Entendemos a educação como direito, por meio da liberdade e precisamos de pensamento crítico para vencer esses desafios e não aceitar as imposições do neoliberalismo”, concluiu.
Fonte: CNTE