Nos dois dias de realização do seminário “Processo de Privatização e Mercantilização dos Ensinos Básicos e Superior no Brasil”, em São Paulo-SP, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) esteve com 47 participantes e 14 sindicatos afiliados representados. A Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituição Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES), afiliada à Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), e a Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil (FES Brasil) foram parceiras par realização da atividade.

Na manhã de ontem (08), foi feito o lançamento da última edição impressa da revista Retratos da Escola, publicação científica da Escola de Formação da CNTE (ESFORCE). A revista é um marco da entidade na produção de materiais para o subsídio da categoria, e atingir o nível de qualificação que a publicação possui, demandou investimentos e dedicação de profissionais e militantes comprometidos com o debate e a ação-reflexão no meio sindical.

“Sem prejuízo do conteúdo e da qualificação da nossa revista, entendemos que sua produção apenas virtual a partir deste ano, é uma mudança de posicionamento que trará longevidade para a mesma e irá manter nossa presença junto aos leitores” disse o Presidente da CNTE, Heleno Araújo.

No período da tarde foi realizado um levantamento sobre a questão da privatização e da militarização na rede por todo o país. Na avaliação dos participantes este espaço é fundamental para o intercâmbio de informações, já que o processo de mercantilização da educação está sendo impulsionado em todas as regiões.

Também houve a compreensão dos participantes de que o tema da militarização das escolas brasileiras é uma tendência que está sendo incentivada pelo atual governo, e que é a outra face da mesma moeda da privatização, no mesmo arcabouço ideológico do movimento “Escola sem Partido” que, ao contrário do que diz o nome, partidariza o ambiente escolar, retira autonomia dos professores, obriga o pagamento de taxas que tem um caráter excludente, já que são proibitivas para grande parte da população e, ao mesmo tempo, desresponsabiliza o Estado, criando um clima policialesco no ambiente escolar, ao invés de um espaço de construção do conhecimento.

“Temos um desafio pela frente que é ampliar a coleta de dados. Aprofundando nosso entendimento sobre a realidade dos Estados vai nos permitir potencializar nosso esforço coletivo sem deixar de lado as especifidades de cada localidade”, afirmou a professora Fátima Silva, Secretária Geral da CNTE.

CNTE

Jordana Mercado

Cuiabá, MT - 09/05/2019 15:54:57


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