A ação protagonista da educação na resistência à crise imposta pelo modelo econômico vigente, foi destaque nas análises de conjuntura, do Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), sábado (08.06), com o professor doutor Marcos Caron (UFMT) e o secretário de redes municipais do Sintep/MT, Henrique Lopes.

Destacando sucessivos períodos da história política brasileira e internacional, o professor Caron coloca a crise econômica, em voga atualmente, como resultado da escolha do modelo econômico adotado no país. E apresenta a redução do poder aquisitivo, na entrega do patrimônio nacional, na fragilidade da proteção econômica frente ao mercado internacional. 

O cenário traz retirada de direitos sociais, mas não sem enfrentamento. A Educação se revela o canal de resistência, a partir do ataque aos cortes no orçamento federal. “Uma resistência oriunda do aumento de consciência das classes populares que passaram a frequentar institutos de educação chegaram às universidades e viram a importância da Educação, muito mais que a geração anterior”, argumentou Caron.

Para o professor, a Educação no país assume um novo papel. E, em Mato Grosso, essa resistência se dá com os profissionais da educação na rede estadual exigindo do governo Mauro Mendes o cumprimento de Leis Federais e estadual. O conflito é gerado novamente pela escolha do modelo econômico, de retirada direitos dos servidores públicos. 

Em greve há duas semanas, a categoria da educação teve os vencimentos cortados na luta pelo cumprimento das leis de carreira e valorização profissional. O dirigente estadual do Sintep/MT, Henrique Lopes, afirmou que o ato totalmente legítimo terá ação  jurpidica. Contudo, é mais um momento na história do sindicato que passará. A resistência terá que ser mantida. “Todo mundo tem contas a pagar e tem que se manter, mas não fazer a luta é perder muito mais do que dias ou um mês de salário”, argumentou.

Na oportunidade Lopes apresentou uma planilha que mostra a perda salarial  para cada  profissional  a partir do tempo de serviço e do nível de escolaridade. Com base no piso salarial, as perdas referentes a 13,3 salários chegará a quase R$ 7 mil, no ano. “O desrespeito à Lei 510/2013, vai além do desmonte da carreira e valorização salarial é o início que leva ao fim da Educação Pública Gratuita”, concluiu. 

O Conselho contou ainda com a presença da ex-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), professora JuçaraMaria Dutra Vieira, que esteva em Cuiabá participando de um  outra atividade e prestigiou a plenária do sindicato.

 

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 08/06/2019 17:59:11


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