Um grupo de educadores, estudantes e defensores dos direitos humanos e do meio ambiente, mostraram ao presidente da República, Jair Bolsonaro, a insatisfação da população com a falta de política ambiental sustentável que permitem incêndios criminosos e a destruição de terras indígenas. O protesto do grupo ‘Sinop Antifacista’ marcou a chegada do presidente Jair Messias Bolsonaro, no aeroporto de Sinop – Aeroporto Municipal Presidente João Figueiredo, na manhã desta sexta-feira (18.09).
A dirigente estadual do Sintep/MT, Sidinei Cardoso, que integra o grupo, destacou que apesar do foco ter sido ambiental, devido ao cenário que atravessa Mato Grosso, o grupo tem realizado outros protestos. “Basicamente nossa luta é na defesa de políticas sociais, trabalhistas e ambientais, que assegurem condições de sobrevivência, direitos coletivos e dignidade a todos os cidadãos”, disse.
Em meio ao cenário de apoiadores do presidente da República, o grupo todo de preto, expôs faixas e cartazes em que se liam “Acreditamos em Deus e na Família, mas não apoiamos Bolsonaro”, contradizendo a máxima que apenas quem apoia o presidente respeita as instituições religiosas e sociais.
Números e estatísticas de desmatamento e invasão de áreas, mortes de indígenas foram registrados na frente de um caixão e se multiplicaram em cartazes manuscritos espalhados por varais de cordas, no percurso que passaria o carro oficial e a comitiva presidencial.
As queimadas, foco principal do manifesto, ganhou destaque também na pintura corporal de um dos manifestantes, que simbolizou com chamas o incêndio que hoje queima o estado, destrói matas e animais e avança sobre terras indígenas. Apesar de minoria frente a claque do presidente, e mesmo diante de ataques verbais, o grupo marcou posicionamento.
A manifestação foi feita sem a aglomeração, diferente do que foi registrado na chegada de Bolsonaro. Correligionários, amontoados, entregam crianças nos braços do presidente, disputam o espaço corpo a corpo, apesar da pandemia. “Nós respeitamos as orientações de saúde devido a covid-19.”, destaca.
A doença matou e está matando milhões de pessoas no país, mas sempre foi ignorada pelo presidente. Tanto que ontem (17), durante entrevista, o presidente classificou a suspensão das aulas nas escolas como preguiça dos profissionais que são direcionados pela esquerda que defendem o "ficar em casa".
Assessoria/Sintep-MT