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XI Encontro Estadual do Sintep/MT debate estratégias para garantir a educação pública e gratuita
Com o tema “Gestão Democrática e Democratização da Gestão no Contexto da Realidade Atual”, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) iniciou ontem (03.11), o XI Encontro Estadual de Educação do Sintep/MT. De forma virtual, dirigentes, profissionais da educação, palestrantes convidados, participam dos debates para a construção de políticas educacionais que assegurem a educação pública e gratuita.
“As atividades desse XI Encontro trazem a perspectiva de encaminhamentos aos ataques sofridos no âmbito das unidades escolares, no contexto da pandemia. Um enfretamento aos governos que por meio de políticas públicas promovem a retirada de direitos, criando um abismo na educação, fragmentada em uma educação para a elite e outra para a classe trabalhadora”, ressaltou o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, na abertura do evento.
A coordenadora do XI Encontro Estadual do Sintep/MT, secretária de Políticas Educacionais da entidade, Guellda Andrade, destacou que a perda recorrente de direitos deixa os trabalhadores e a sociedade cada vez mais distante de alcançar a educação pública gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada para todos e todas.
Conforme avaliou, o descompromisso com a educação é histórico. “A afronta da Gestão Democrática é a perda das políticas pedagógicas, da participação da comunidade escolar no processo de construção da educação de qualidade”, argumentou.
Conjuntura
O tema de abertura trouxe a análise sobre “Conjuntura Política Educacional e os ataques Neoliberais Contra a Classe Trabalhadora e contra a Educação Pública e Gratuita em tempos de Pandemia”. As palestras foram ministradas pelo jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto Queiroz e o deputado estadual e dirigente do Sintep/MT, Henrique Lopes
Henrique Lopes ressaltou o constante “bombardeio” sobre os direitos dos trabalhadores que, na atual conjuntura, tem foco na Reforma Administrativa, uma política de continuidade, afirma, nascida na década de 90, com o então ministro Bresser Pereira.
Na mesma linha de raciocínio, Antônio Queiroz abordou a construção desse processo de desmonte realizado nos últimos cinco anos, com as reformas implementadas; Reforma Trabalhista, Previdenciária e agora, em curso, a Reforma Administrativa e os Projeto de Emenda Constitucionais (PECs) nº 186 e nº188, que atacam o aparelhamento do estado. “Os parlamentares, a elite nacional, o poder econômico, poder legislativo e judiciário têm partido da suposição da superioridade do setor privado sobre o Estado, na produção de bens e prestação de serviços públicos. Nunca houve no Brasil uma ofensiva tão avassaladora aos direitos e as políticas públicas, como ocorre nesse momento no país”, destacou
Convidados
A abertura reuniu expoentes da educação pública estadual e nacional, referências na Educação Básica ao Ensino Superior, bem como representante da Central Sindical dos Trabalhadores (CUT) nacional, Ariovaldo Camargo. Representantes do legislativo federal e estadual, defensores da educação pública gratuita, como a deputada federal, Rosa Neide e o candidato ao Senado por Mato Grosso, Valdir Barranco.
Participaram também o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo; o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, Eduardo da Silva; o reitor da Universidade de Mato Grosso (Unemat), Rodrigo Zanim; o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato grosso (Adufmat), Aldir Nestor.
Foi destaque a ausência do secretário de estado de Educação, recém empossado, Allan Porto, que encaminhou representante para as discussões de quatro dias com os trabalhadores da Educação de Mato Grosso.
Quarta-feira
Os debates prosseguem nesta quarta-feira (04/11), com a palestra “Gestão Democrática e a Democratização da Gestão Frente aos Ataques do Governo Neoliberal em tempos de Pandemia”, com Carlos Augusto Abicalil (ex-Presidente da CNTE) e Dalila Andrade Oliveira, professora doutora da UFMG.
Assessoria/Sintep-MT
