Sintep-MT cobra do governo o não fechamento dos Centros de Educação de Jovens e Adultos

Em reunião na tarde dessa segunda-feira (16), o presidente do Sintep-MT Valdeir Pereira e os deputados Henrique Lopes (PT) e Lúdio Cabral (PT)), se reuniram com representantes da secretaria estadual de Educação (Seduc) para cobrar a manutenção dos 21 Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) em Mato Grosso, que estão sob ameaça de fechamento pelo governo. A reunião foi marcada a pedido do Fórum de Educação de Jovens e Adultos, diante do anúncio de fechamento de unidades de CEJA pelo governo estadual e a mudança dos alunos para escolas regulares, sob o argumento de cortar gastos.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, alertou sobre o prejuízo para a educação com o fechamento dos Centros. “Os Centros de Educação de Jovens e Adultos desenvolvem um importante trabalho e fechar essas unidades, realocar esses estudantes em outras escolas sem considerar sua relação com a comunidade escolar e a metodologia de ensino que recebem, iria causar um grande impacto negativo na aprendizagem. Questões como essa precisam ser levadas em consideração pelo governo, antes de tomar uma decisão que vise puramente o lado econômico”, ponderou o sindicalista.

O deputado Lúdio Cabral também criticou a sinalização da Seduc em fechar os Centros. “Essa visão do atual governo, de otimizar espaços para economizar com conta de luz e água, salários de professores e técnicos, é uma visão economicista que não leva em consideração o impacto dessas mudanças sobre a comunidade escolar. A identidade da EJA tem que estar acima de qualquer outro critério na tomada de decisão, e a decisão tem que ser tomada com participação dos CEJAS, com diálogo”, afirmou o parlamentar.

O secretário Alan Porto concordou em debater com o Fórum o projeto da Seduc para mudar o formato da EJA em Mato Grosso e deve apresentar um estudo em nova reunião, no dia 27 de novembro. Lúdio propôs que a Seduc não dê andamento a mudanças na EJA antes da apresentação do estudo e discussão com os professores, e o secretário se comprometeu a paralisar qualquer ação nesse intervalo.

Para a coordenadora do Fórum de EJA, Rosemary da Luz, é importante manter o formato dos CEJAs, com a identidade e o ambiente escolar, e qualquer decisão de mudança a ser tomada precisa passar antes por um processo de diálogo. A professora Ivana Bognar observou as dificuldades de integrar os alunos do EJA a escolas regulares. “Um idoso não vai frequentar a mesma escola que tem crianças”, disse.

“O CEJA, com aproveitamento de carga horária, é diferente do EJA ofertado em escolas regulares com matrícula anual. Precisamos trabalhar com o conceito de equidade”, disse o professor Claudio Scalon, destacando a diversidade existente no CEJA, que atende a parcelas vulneráveis da população. Na definição da professora Keila Alves, o CEJA é um local onde jovens e adultos vão buscar seus sonhos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Valdeir Pereira, afirmou que é preciso fortalecer a política que já vem sendo ofertada, e não fechar os CEJAs. O deputado estadual Henrique Lopes (PT) também afirmou a necessidade de diálogo e de a Seduc deixar claro qual é o projeto para a política de EJA em Mato Grosso. 

Fonte: Assessoria Sintep-MT com assessoria do Gabinete Lúdio Cabral.

Cuiabá, MT - 17/11/2020 15:52:24


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