Além de mortes, o descaso é o legado Mauro Mendes na educação de MT

Com foco em políticas "economicistas" governos neoliberais enfrentam a Covid-19 com máquina de calcular nas mãos, subtraindo investimentos e somando vidas ceifadas pela pandemia

Restando pouco mais de um ano para concluir o mandato do governo Mauro Mendes, as mais de 6 mil 500 mortes por Covid-19 registradas em Mato Grosso anunciam o legado que será deixado pela atual gestão. Para o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), o número de óbitos geral, em específico na educação pública estadual, é a resposta às prioridades políticas dos governos federal, estadual e em muitos casos municipais.  

A grande pergunta colocada pelos dirigentes do Sintep/MT é quem pagará a conta das vidas perdidas, das famílias desestruturada com a perda dos entes queridos. Os casos registrados na educação, por exemplo, são de responsabilidade de medidas arbitrárias e unilaterais definidas pelas escolhas dos governos estadual e municipais.  

Entre os exemplos citados está a retomada das atividades escolares – estado e municípios – levando a intensificação de uma segunda onda de contágio, em 2021. “Foi uma decisão de governo. Mesmo diante de um orientativo construído pelo segmento social, a partir da iniciativa da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, apontar propostas alternativas”, lembra o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira. 

Para o Sintep/MT, a política de corte de gastos no serviço público, a retomada das atividades a qualquer custo, bem como as prioridades dada aos investimentos, rendeu números que ficarão na história e na memória da população.

Apesar das mortes diárias no quadro das unidades de Educação Pública entre fevereiro e março de 2021, as escolas não pararam. Em algumas o algoz está entre os próprios gestores que cumprem cegamente os mandos e desmandos dos superiores, relatam os servidores. 

As notícias que chegam ao Sindicato transformam as redes sociais da entidade em um grande obituário.  Contudo, o cenário não sensibiliza os gestores que, desde a primeira onda do surto sanitário, empregam a visão economicista. O governo federal preferiu a visão negacionista, nas redes municipais o entendimento foi o de suspensão de direitos, e no estado cuja a arrecadação ficou na quarta colocação no país, a preocupação foi com a fictícia crise financeira. 

Para enfrentar a pandemia o governo Mauro Mendes suspendeu o contrato de profissionais da educação em 2020, deixando desempregadas e sem assistência milhares de famílias; insistiu no congelamento salarial dos profissionais efetivos, atacou as aposentadorias e pensões dos servidores confiscando 14% dos salários que seriam de grande ajuda para compra de medicamento e assistência aos desafios apresentados pela pandemia. Contudo, muitos se acabaram nas estatísticas de mortes. 

Na segunda onda, Mauro Mendes decretou o retorno às atividades escolares, apesar do agravo da crise sanitária, e cancelou com apoio da Justiça estadual, o pagamento de direitos da carreira (Lei da Dobra do Poder de Compra).

Hoje como resultado, o governo do estado soma um número considerável de óbitos na educação e a redução salarial de 35% sobre o salário dos educadores. “Cada morte é responsabilidade do governo federal, do governo Mauro Mendes e dos prefeitos, que não agem para parar o contágio e as mortes. Para o Sintep/MT diferente da contabilidade dos governos, as mortes são mais que números, são vidas, seres humanos ceifados de oportunidades e famílias que ficam órfãs dos entre queridos”, conclui Valdeir Pereira.

Fonte: Sintep/MT

Cuiabá, MT - 17/03/2021 16:07:12


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