Trabalhadores da Educação em Pontes e Lacerda são expostos à Covid com aulas presenciais

O município de Pontes e Lacerda (distante 443 Km de Cuiabá), segundo último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, figura na lista entre os 16 que estão com classificação de “risco muito alto” de contaminação pela Covid-19. Além de Pontes e Lacerda, o boletim aponta as cidades de Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Cláudia, Cuiabá, Guarantã do Norte, Lucas do Rio Verde, Poconé, Peixoto de Azevedo, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Várzea Grande com essa mesma classificação.

Quanto ao sistema de saúde, o município conta com unidades superlotadas e com leitos ocupados por pacientes acometidos pelo vírus, muitos em estado grave. Apesar de todo esse cenário, nada disso parece ter sensibilizado o poder público municipal, uma vez que os trabalhadores da educação continuam sendo expostos à contaminação, sendo obrigados a exercerem suas atividades de maneira presencial.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, disse que o sindicato, por meio da subsede, já acionou tanto o Ministério Público que atua no município, quanto os próprios gestores que permanecem com a determinação pelas aulas presenciais. Ainda assim, até o momento, nenhuma providência afim de proteger a comunidade escolar foi tomada. “É difícil ver o país enfrentando um número avassalador de mortes todos os dias, ver nos municípios essa tendência se repetindo e ainda assim, termos gestores que agem de maneira irresponsável obrigando os trabalhadores a darem aulas de maneira presencial. Vamos continuar tomando medidas para que essas atividades sejam convertidas em teletrabalho, ainda mais em Pontes e Lacerda onde a classificação para o risco de contágio é altíssima”, disse.

Não bastasse o cenário caótico provocado pela crise sanitária, em Pontes e Lacerda, trabalhadores da educação denunciaram ao Sintep-MT que, mesmo em sistema de revezamento dentro das unidades de ensino, as escolas não possuem a infraestrutura necessária para garantir as medidas de segurança sanitária. “Recebemos diversas reclamações de professores, de que em algumas unidades, as salas não possuem nenhum tipo de ventilação e o fato dos profissionais circularem nos mesmos ambientes sem que haja uma limpeza mais rigorosa nos intervalos, torna-se uma agravante para a proliferação em massa do vírus”, destacou Valdeir.

No último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura do município, o número casos confirmados de infectados na região já chega a 3.583, sendo que 115 pessoas morreram vítimas da doença. “Estamos trabalhando com medo, vendo colegas se infectando todos os dias, alguns inclusive do grupo de risco. Nós queremos muito voltar para a sala de aula, mas nesse momento, temos que priorizar nossas vidas e também das famílias dos nossos estudantes. É preciso ter responsabilidade com a vida das pessoas”, disse um professor da rede municipal.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT. 


Cuiabá, MT - 19/03/2021 11:03:47


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