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Conselho de Representantes estabelece que será nas ruas a luta por direitos e democracia
Mesmo virtual a luta dos trabalhadores da educação se mantém viva e fortalecida para os enfretanamentos na defesa de direitos
O Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), sábado (03/07), encerrou os debates concluindo que só com o povo nas ruas será retomada a agenda democrática no país. O debate, que ocorreu no dia das manifestações nacionais pelo “Fora Bolsonaro, em defesa da Vida e do Auxílio Emergencial”, oportunizou a avaliação do estelionato eleitoral, cometido pelo governo federal e, no estado, pela gestão Mauro Mendes, chamado de “Bolsonaro sem quartel”.
Na abertura dos trabalhos, o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, prestou homenagem aos 56 do Sintep/ MT comemorados em 29 de junho, com o tradicional parabéns virtual. “A pandemia tem mantido os encontros da categoria de forma remota, porém vibrantes e fortalecidos”, destacou o presidente
Conjuntura
Os painéis foram iniciados com a análise do presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT) e dirigente estadual do Sintep/MT, Henrique Lopes, que ressaltou a necessidade de enfrentamento com o Fora Bolsonaro. “Um governo da fome, do superfaturamento de vacinas, e que faz leilão da vida das pessoas”.
Henrique Lopes citou o aumento do número de mortes pela Covid-19 no Brasil, “resultado do descaso desse governo, que rouba recursos e a vida das pessoas, destrói o meio ambiente e implementa a lógica do mercado, com reformas que retiram direitos da população”, disse.
O dirigente repercutiu as políticas do governo Mauro Mendes e a possibilidade de perdas irrecuperáveis para a Educação Pública e para os profissionais. Citou os ataques aos pedagogos da rede estadual, com a municipalização das matrículas do Ensino Fundamental, o novo ensino médio e a flexibilização do currículo, reduzindo postos de trabalho e, o desrespeito tanto aos Planos Estadual e municipais de educação, bem como o total desvio das metas do Plano Nacional de Educação.
“Esse é um governo que privilegia os barões do agronegócio com isenção fiscal, dá golpe nos servidores aposentados, fecha postos de trabalho na escola. E se continuar no governo irá intensificar o desmonte”, afirmou, destacou.
Golpe
Na sequência, o professor doutor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marcos Caron, focou na agenda do golpe em curso no país, de ataque à democracia. O professor reafirmou a necessidade das mobilizações sociais, nas ruas, para reverter o aquartelamento que a gestão Bolsonaro colocou no Brasil.
Marcos Caron fez um levantamento do curso político do país tendo como base comparação de outros momentos da história brasileira e na américa latina. Elencou as redes de sustentação do governo para permanecer com a agenda destrutiva de direitos sociais e econômicos, com apoio do agronegócio, religioso e militar.
Segundo o professor Caron, as manifestações do povo na rua será o caminho para o enfrentamento e retomada de uma agenda democrática contra o golpe militar, sem ditadura, construído pelo governo Bolsonaro. A luta é para assegurar às novas gerações, emprego e renda, aposentadoria digna, retomada do acesso dos mais pobres à universidade, e demais prejuízos implementados no pós-golpe e com a política bolsonarista. E lembrando um poema de autor desconhecido, citou “Cai por terra a mais vil das ditaduras quando os Vivos saem das praças e mortos da sepultura”.
Participaram da plenária a deputada federal, Rosa Neide, e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o dirigente nacional, em Mato Grosso, Gilmar Soares. Ambos destacaram a luta pela derrubada do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, Reforma Administrativa, que significará, caso aprovada, a privatização dos serviços públicos (Educação, Saúde, Assistência Social).
O Conselho de Representantes do Sintep/MT continua amanhã (04/07), com deliberação das pautas apresentadas pela categoria.
Fonte:Assessoria/Sintep-MT
