Ato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso faz defesa de salários e do serviço público

O plenário Renê Barbour, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, ficou lotado na manhã desta quarta-feira (27/10), apesar de não haver sessão legislativa na Casa de Leis. O local foi ocupado pelos servidores públicos do estado, que cobraram dos legisladores compromisso com os direitos dos trabalhadores da rede estadual, com três anos de calote na Revisão Geral Anual (RGA). A audiência foi iniciativa do deputado Lúdio Cabral, com participação do deputado Paulo Araújo.

IO manifesto, às vésperas do Dia dos Servidores Públicos (28/10) representantes dos sindicatos ligados ao Fórum Sindical do estado, entre eles o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), reafirmaram as razões para o protesto.

No espaço de fala, o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, destacou que é uma vergonha um estado líder em arrecadação, sacrificar os servidores com confisco de aposentadoria e calote na recomposição salarial. “O governo Mauro Mendes trabalha para deixar os ricos cada vez mais ricos e a população sem serviços públicos de qualidade, com políticas de redução de direitos dos servidores e precarização dos serviços públicos, enquanto faz caixa com recursos arrecadados e não aplicados”, disse.

A cobrança dos servidores evidenciou a incoerência do estado conceder isenções fiscais de R$ 8 bilhões para o agronegócio, enquanto parte desses recursos deveria ser destinados ao financiamento de políticas públicas para Educação, Saúde e demais serviços ofertados aos cidadãos.

O representante do Sinpaig, Antônio Wagner, ressaltou que no dia do servidor a única coisa a comemorar é a resiliência dos servidores para a luta. Na oportunidade, o sindicalista destacou a ausência dos parlamentares, inclusive no apoio dado aos servidores nos projetos de lei que impactam os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores no setor.  

A presidente do Sisma (Sindicato da Saúde no Estado), Carmem Machado, em seu recado aos servidores comemorou à vida, a oportunidade de poderem ter passado os desafios da pandemia, com saúde. E destacou, “a hora é agora, precisamos desmascarar esses deputados que foram eleitos para trabalhar para o povo e pelo povo. As eleições estão chegando, será primordial para lembrar aos políticos que não apoiam a nossa causa, que eles não voltam”, destacou.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, suplente de deputado estadual e dirigente do Sintep-MT, Henrique Lopes, ressaltou a necessidade do servidor público saber qual causa defende, numa referência aos deputados estaduais que são servidores públicos, mas não fazem a defesa dos serviços públicos. Com as mudanças no papel do Estado, vindas após o golpe de 2016, precisam ficar preparados, porque após a Reforma da Previdência precisamos entender o que virá por aí, com retirada de direitos postas na Reforma Administrativa.

Na pauta dos servidores destacou que é “inadmissível que um estado como Mato Grosso, campeão em arrecadação, como poucos estados da federação em média acima de 20% está isentando em R$ 8 bi de renúncias fiscais, dinheiro que daria para tratar bem as políticas pública e aqueles que fazem os serviços chegar à população, os servidores”, afirmou.

O deputado estadual Lúdio Cabral conclui a audiência destacando os pontos contraditórios e falaciosos do governo Mauro Mendes, para negar o direito da recomposição salarial dos servidores. Alertou que se o repasse da RGA ficar em apenas 6,5%, as perdas salariais dos servidores para 2022 atingirão 25% do poder de compra dos salários.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 27/10/2021 18:50:23


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