A direção regional e a subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) de Planalto da Serra (254 km de Cuiabá) vão entrar com uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) contra o prefeito Denio Peixoto Ribeiro que decidiu suspender as aulas nas escolas de rede municipal de ensino. Desde o dia três de dezembro os trabalhadores da educação e os alunos estão de "férias forçadas" devido à falta de merenda e de transporte escolar, ferindo preceitos legais que preveem 200 dias letivos. O prefeito também insiste em desrespeitar a lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) que instituiu o Conselho do Fundeb.       

"O prefeito mandou suspender as aulas antes de fechar o ano letivo que terminaria no final do mês", afirmou a diretora regional do Vale do São Lourenço, polo Sul II, do Sintep/MT, Doralice Vieira de Castro, ao traçar um cenário de caos nas áreas de educação e de saúde no município. Segundo a sindicalista, os trabalhadores enfrentam muitas dificuldades. Os servidores da educação estão sem receber os salários do mês de novembro. Já os da saúde estão com os salários atrasados dos meses de outubro e novembro e em greve há mais de uma semana.

"Planalto da Serra parece terra de ninguém. Os servidores não têm direito nem ao próprio holerite para saber qual é o seu salário", afirmou indignada Doralice de Castro. A diretora regional do Sintep/MT está no município para acompanhar de perto a situação dos profissionais da educação.

Dívida INSS

A situação é tão grave que os próprios vereadores entraram com uma representação no Ministério Público Estadual contra o prefeito por improbidade administrativa. Segundo Doralice de Castro, o Executivo Municipal enviou projeto de lei à Câmara de Vereadores solicitando um novo parcelamento da dívida com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) do Ministério da Previdência Social, sem informar o valor do débito. "Ele (prefeito) quer que os vereadores assinem um cheque em branco", disse a sindicalista ao observar que a prefeitura ainda não terminou de pagar o primeiro parcelamento.

De acordo com a sindicalista, diante da reação do Legislativo Municipal, o prefeito decidiu fazer manifestações na cidade para jogar o povo contra os vereadores para pressionar os parlamentares.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação    

    

Cuiabá, MT - 17/12/2010 00:00:00


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