Dirigentes sindicais de 20 Estados, incluindo Mato Grosso, estão reunidos no seminário de formação do projeto EPT/ AIDS, no Hotel Fazenda Mato Grosso, desde ontem (23). O evento prossegue até sexta-feira (27) e visa sensibilizar e formar os educadores para que possam auxiliar o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), no ensino da educação sexual e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Coordenado e planejado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o seminário trabalha com dois materiais básicos: o guia de formação do Ministério da Educação (MEC), com conteúdo apropriado para os jovens e também o kit "mala do prazer", que é composta por materiais pedagógicos que darão suporte ao educador ao trabalhar os temas com os alunos. A programação conta com discussões, trabalhos em grupo, e dois trabalhos práticos em Cuiabá e Várzea Grande. Amanhã (25), na Escola Estadual Prof. Nilo Póvoas, em Cuiabá, e na quinta-feira (26), na Escola Estadual Jaime Veríssimo de Campos,
Neste seminário, os representantes de cada Estado terão que indicar dez escolas da sua região que serão priorizadas com a discussão e trabalho sobre sexualidade e juventude, relações de gênero, diversidade sexual e prevenção HIV/AIDS. A CNTE, de posse dos nomes das escolas e dos líderes de cada Estado, fará o trabalho de incentivo e apoio. Segundo a secretária de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva, "estamos caminhando para um futuro no qual teremos uma juventude saudável, que conhece seus direitos e que serão adultos sem preconceito e com responsabilidade para viver sua sexualidade".
Cuiabá foi escolhida como sede do seminário pela CNTE "pela atuação do Sintep/MT no Programa de Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE). Queremos mostrar para os outros 19 Estados participantes como Mato Grosso tem trabalhado o assunto", conta Fátima Silva.
De acordo com Jocilene Barboza, o Sintep/MT também promoverá seminários estaduais para trabalhar o assunto com os educadores de Mato Grosso. Segundo ela, é "preciso ser feito um trabalho sério e prático nas escolas, sensibilizar os demais dirigentes para que promovam políticas de combate à AIDS e esclareçam a igualdade entre as diversidades de gênero. Para isso, é necessário que os educadores estejam preparados para colocar o tema em debate para os jovens, a fim de que possam ser capazes de fazer a melhor escolha para si".
A linguagem indicada para debater as doenças sexualmente transmissíveis e educação sexual é a direta, falar sobre o que realmente acontece e não tentar amenizar nenhum aspecto. Hoje, o jovem possui muita informação, mas não sabe direito o que fazer com ela. Portanto, "a estratégia é que os professores se apropriem das metodologias e conteúdos abordados no seminário. Dessa forma, eles poderão multiplicar o conhecimento em sala de aula e formar outros professores", explica a consultora para HIV/AIDS e facilitadora do seminário, Maria Adrião.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação