Praticamente 100% dos
municípios de Mato Grosso aderiram à greve na rede estadual de ensino. Os
trabalhadores da educação continuam mobilizados pelo piso salarial de R$
1.312,00 e se reunirão no dia 16 de junho, em assembleia geral, às 14h, na
Escola Estadual Presidente Médici,
Segundo o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT),
Gilmar Soares Ferreira, o escasso investimento em Educação é o grande entrave
para a implementação do piso. "A ampliação dos recursos de 25% para 35% é uma
luta constante da categoria e uma determinação da Constituição Estadual",
ressaltou. O sindicalista ponderou ainda que o valor reivindicado não
ultrapassa o limite de 60% da receita que deve ser destinados ao pagamento de
salários.
A greve foi aprovada na
assembleia geral do dia 30 de maio e teve início na última segunda-feira (06).
O governo apresentou uma proposta de implementação gradativa do piso salarial
de R$ 1.312,00 até abril de 2012 que foi rejeitada pela categoria. Depois, em
nova tentativa, propôs o valor imediato apenas para os professores de nível
médio, enquanto os demais trabalhadores começariam a receber o piso somente a
partir de dezembro de 2011.
Para o presidente do
Sintep/MT, além de não contemplar a reivindicação dos profissionais, tal medida
representa o fim da carreira única na Educação. A proposta beneficiaria somente
94 professores e 930 trabalhadores, sem contar que a situação do Apoio
Administrativo não ficou clara. "Aceitar isso seria o mesmo que rasgar o Plano
de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) unificado, conquistado com a luta
incansável da categoria", finalizou Gilmar Soares.