Enquanto os trabalhadores da educação das redes municipais de Denise e Vila Bela da Santíssima Trindade, a 208 km e 562 km de Cuiabá, respectivamente, obtiveram alguns avanços nas reivindicações, a categoria enfrenta grandes dificuldades em Nova Guarita, a 667 km da Capital. A greve, iniciada ontem (20), está mantida até que o prefeito Antônio José Zanatta apresente uma proposta que contemple a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para a Educação.

Os grevistas reivindicam ainda a inclusão de todos os profissionais no Plano, pois segundo a secretária de Redes Municipais da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Walquíria Helena Guedes, apenas os professores têm piso salarial. "Os graduados, por exemplo, recebem R$ 918,00 e os pós-graduados, R$ 1.009,00. Mas, até essa progressão está defasada porque alguns trabalhadores que ingressaram agora recebem mais que outros com elevação de nível", explicou.

A categoria está sendo pressionada a retornar às atividades. Ontem (20), em reunião com a categoria e a pedido do subsede do Sintep, o prefeito Antônio Zanatta disse que irá encaminhar um ofício justificando porque não vai atender às reivindicações. "Queremos estabelecer o diálogo, mas o prefeito já deixou claro que não vai elaborar o PCCS", lamentou. Os profissionais também foram até a Câmara Municipal para sensibilizar os vereadores.

Avanços em Denise - Os profissionais da educação da rede municipal de Denise, a 208 km da Capital, decidiram suspender a paralisação até o dia 30 de junho, quando haverá reunião com o prefeito José Roberto Torres para concluir a minuta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e em, seguida, assembleia geral para novos encaminhamentos. Em greve desde o dia 13 de junho, a categoria reivindica a reformulação do PCCS.

A proposta de reformulação do PCCS foi elaborada pelos trabalhadores da educação e protocolizada junto ao Executivo Municipal para análise. De acordo com a secretária de Finanças da subsede do Sintep/MT, Marinez Mazzari, como o Plano foi criado em 1999 com base na Lei Orgânica dos Profissionais da Educação Básica (Lopeb), o texto não requer grandes modificações. "O principal ponto apontado pela categoria é a revisão das tabelas", disse.

As atividades também foram retomadas ontem (20) na rede municipal de Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá, após sete dias de greve. Como a reivindicação da categoria foi atendida parcialmente, as negociações continuam. O avanço é que o Executivo Municipal sinalizou a implementação da hora atividade para os profissionais da educação, mas em função das diversas jornadas de trabalho no município, não há um consenso quanto à forma de aplicação da hora atividade.

Segundo a presidente da subsede do Sintep/MT, Soraia Amanda Vucarelli, a paralisação foi fundamental para que os professores possam dedicar no mínimo 1/3 da jornada de trabalho às atividades de planejamento e preparação pedagógica, além de participar dos espaços de gestão democrática das escolas e dos sistemas de ensino. "Agora, temos que continuar o diálogo para chegarmos a uma definição antes que o Projeto de Lei seja enviado à Câmara", explicou.

 

Cuiabá, MT - 21/06/2011 00:00:00


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