Os trabalhadores da educação de Luciara e Tangará da Serra realizaram manifestações, no dia 29 de junho, para reafirmar as reivindicações que motivam a greve na rede estadual de ensino. Os atos também ocorreram em repúdio ao governo do Estado pela forma como conduz as negociações e pela falta de investimentos em Educação.

Em Luciara, a 1.180 km de Cuiabá, a categoria esclareceu a população sobre a continuidade da greve na rede estadual e denunciou a falta de infraestrutura das escolas. Segundo o secretário de Formação da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), José Raimundo Ribeiro (conhecido como Zecão), os alunos estudam em salas insalubres, superlotadas e com ventilação inadequada. "Saímos pelas ruas da cidade e fizemos panfletagem explicando os motivos da greve e reafirmando a luta pelo piso salarial de R$ 1312,00 e hora atividade para interinos, mediante a aplicação correta dos recursos que são devidos à Educação".

A categoria protestou ainda contra a falta de carteiras nas escolas, situação que obriga os estudantes a chegarem mais cedo para concorrerem a um, além das obras do governo do Estado na área de Educação no município, totalmente paradas. "Um exemplo é o refeitório da Escola Estadual Juscelino Kubitschek, que está se deteriorando enquanto aguarda a boa vontade das empreiteiras e do 'desgoverno' da Educação".

A postura antidemocrática do governo de Mato Grosso com relação à greve também foi alvo de protesto. "Que governador é este, eleito democraticamente, e que recorre ao lixo autoritário de tempos outrora obscuros, com medidas que nem mesmo nos governos da ditadura militar aconteceram de forma tão veemente, para nos ameaçar, intimidar a voltar às aulas?", questionou o secretário de Formação da subsede do Sintep/MT.

Tangará da Serra - Os profissionais da educação também tomaram as ruas do município de Tangará da Serra, localizado a 242 km de Cuiabá. A passeata também contou com a participação dos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), dos investigadores da Policia Judiciária Civil (PJC) e dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran/MT), além de pais e alunos.

A categoria cobrou compromisso do governador Silval Barbosa e do deputado estadual Wagner Ramos com os educadores. "Denunciamos que ilegal é o Tribunal (de Justiça) por decretar a ilegalidade da greve e que de forma ilegal também age o governo", ressaltou o presidente da subsede do Sintep/MT em Tangará, José Rosa. Leituras do manifesto aos trabalhadores não grevistas e da Nota de Repúdio ao governo, elaborada pela Direção Central do Sindicato, também integraram a atividade.

 

Cuiabá, MT - 04/07/2011 00:00:00


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