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O Fórum Estadual de Educação Infantil de Mato Grosso, que participa do Movimento interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB), se reuniu na terça-feira (5), no anfiteatro da Escola Estadual Liceu Cuiabano. Em pauta, as "Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil". As Diretrizes Curriculares Nacionais orientam o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Essa discussão foi encaminhada pelo CNE ao Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE/MT), após uma consulta feita pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, que foi obrigada, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, a manter as creches e pré-escolas abertas durante o recesso escolar. O CNE aprovou parecer, por unanimidade, orientando as creches de todo o país ao não atendimento, durante os períodos férias. O órgão colegiado, ligado ao Ministério da Educação (MEC), contrariou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com a secretária de Articulação Sindical do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), conselheira e professora de Educação Infantil, Maria Luiza Zanirato, as diretrizes curriculares trazem outra concepção de creche. "As creches não devem ser vistas como unidades assistencialistas, mas sim educativas. E, com isso, seu tempo, espaço e formação do profissional que atua, nesta modalidade de ensino, precisam ser repensados. E, sendo consideradas unidades de ensino, um dos profissionais que devem atuar é o "professor", frisou a sindicalista.
"A questão da formação e da atuação do profissional na creche é um tema em debate que precisa ser construído e avançar sobre o ponto de vista de quais são os profissionais que precisam estar atuando na creche. Uma coisa é certa, não podemos abrir mão do professor. Mas, para além do professor, existem, na maioria dos municípios, os técnicos em educação infantil. Se à creche cabe o papel do 'cuidar' e do 'educar', então a tarefa não cabe somente ao professor. É um debate que o sindicato precisa fazer e que de uma certa forma a realidade e o movimento organizado vão apontar as condições necessárias ", avalia a Maria Luiza.
Na reunião do fórum outros assuntos foram debatidos como: formação do educador para a Educação Infantil; o Plano Nacional de Educação; o Plano de Carreira; a política nacional e o financiamento para a Educação Infantil e o papel das agências formadoras que atuam ou deveriam atuar na formação dos profissionais da Educação Infantil, informou a secretária de Articulação Sindical do Sintep/MT.
Várias entidades participam do Fórum que se reúne, ordinariamente, toda primeira sexta-feira do mês.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação com colaboração de Silvia Marques Calicchio
