A VI Jornada Nacional de Debates aconteceu quarta-feira (31), no auditório do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso. Os debates, que acontecem em todo o país, é uma iniciativa de todas as centrais sindicais que, desde o primeiro semestre de 2008, convocaram o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para realizar uma atividade, a cada semestre, em todo o Brasil.

Em Mato Grosso, a sexta edição da jornada foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT) e contou com a participação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), representado pela secretaria adjunta de Políticas Sociais, Edina Martins de Oliveira.

Para o assessor do Dieese e técnico na subseção do Sindicato dos Químicos do ABC, economista Thomas Jensen, a VI Jornada Nacional de Debates "Negociação Coletiva e Trabalho Decente" tem como tema a conjuntura das negociações salarial no segundo semestre, num contexto de crise internacional, e o tema "Trabalho Decente" ganha relevância para a classe trabalhadora principalmente como preparação para a Conferência Nacional que ocorrerá em maio de 2012. Os debates são uma espécie de formação sindical, com informações e avaliações da economia e os seus impactos nas negociações coletivas.

Na analise de conjuntura econômica, Thomas Jersen destacou que neste primeiro semestre já ocorreram 353 negociações salariais, sendo que 93% conquistaram reajustes iguais ou superiores à inflação medida pelo INPC-IBGE. "Trata-se do segundo melhor resultado registrado pelo Dieese, desde 2008, quando o departamento passou a analisar índices conquistados nas mesas de negociações ou acordo coletivos das categorias."

O grande desafio da classe trabalhadora, para o economista do Dieesse, está na busca pelo trabalho decente, com valorização de itens como remuneração justa, segurança no ambiente de trabalho e reconhecimento da organização sindical.

Trabalho Decente

Na exposição do assessor do Dieese, foi destacado o conceito de trabalho para a Organização Internacional do Trabalho (OIT). "O trabalho é a via fundamental para a superação da pobreza e da exclusão social". E, não pode ser qualquer trabalho. Deve ser um "trabalho decente", conceito introduzido, em 1999, pela OIT. "Trabalho decente visa garantir a todas as pessoas oportunidades de emprego produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade".

"Entende-se como 'oportunidade de emprego produtivo' é a chance efetiva de emprego, que permite um bem-estar ao trabalhador e a família. 'Emprego em condições de equidade' - se traduz em tratamento justo e equitativo aos trabalhadores, respeitando-se as diferenças, no caso do Brasil, aplica-se as condições das mulheres, que sofrem discriminações entre trabalho e família. E, 'emprego em condições de segurança' refere-se à questões da saúde dos trabalhadores. Já 'emprego em condições de dignidade' pressupõe diálogo social e o respeito aos trabalhadores nas decisões relativas às condições de trabalho. E, por último 'emprego em condições de liberdade'  trata-se  das formas organizativas do trabalhador ou seja das organizações sindicais", explicou o assessor do Dieese.

 

 

 

Fonte: Pau e Prosa com colaboração de Silvia Marques Calicchio

Cuiabá, MT - 02/09/2011 00:00:00


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