Especialistas no uso
pedagógico de novas tecnologias para educação se reúnem até esta sexta-feira,
2, em Brasília, para o Seminário Educação Digital - Formação dos Profissionais
da Educação, organizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério
da Educação. O encontro, que debate os rumos e desafios de uma educação mais
integrada às inovações tecnológicas e um mundo mais conectado e digital, teve a
presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do secretário de
educação básica, Cesar Callegari.
O seminário se propõe a
analisar pesquisas e experiências na formação, inicial e continuada, de
professores preparados para interagir com as demandas de uma sociedade a cada
dia mais vinculada às tecnologias digitais. Os palestrantes também discutem os
modelos pedagógicos voltados paras as necessidades de uma educação digital de
qualidade para os estudantes da rede pública.
Para a professora Maria
Elizabeth Bianconcini de Almeida, doutora em educação, o conhecimento das
tecnologias faz parte do cotidiano dos estudantes. "A tecnologia não está
disponível apenas no laboratório, mas em todo momento que emerge uma
necessidade", disse Almeida.
Para a professora, porém, os
estudantes ainda não percebem os usos da tecnologia para a aprendizagem e não
se apropriaram da tecnologia para aplicá-la nos estudos. Os professores, por
sua vez, ou rejeitam a tecnologia na sala de aula quando não têm acesso a ela,
ou procuram se inteirar sobre como incorporá-las às suas aulas.
Maria Elizabeth também
ressaltou que a educação digital não se resume apenas a viabilizar o acesso à
tecnologia, mas usá-la para as finalidades da escola, o desenvolvimento do
aluno, ensino e aprendizagem.
Durante o encontro, Mercadante
falou sobre a necessidade de tornar a escola mais atraente, especialmente no
ensino médio, onde os níveis de evasão escolar são mais altos. "No ensino médio
a escola tem que se repensar para atrair e se comunicar com essa geração que
está claramente desestimulada."
Para o ministro a tecnologia
não pode ser o objetivo em si mesmo. "O tablet pode dar um salto de qualidade e
vamos começar pelo professor como uma tentativa de trazer a internet para os
alunos", afirmou.