Com os dizeres "Educação, ação, formação e cidadania," teve continuidade hoje (15) a greve nacional da Educação, em Cuiabá, na Praça Alencastro. A atividade, organizada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), contou com a participação dos trabalhadores da educação e de alunos das redes municipal e estadual. No segundo dia de paralisação, a categoria realizou uma panfletagem e aula pública no centro da Capital.

A paralisação nacional foi convocada pela  Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em defesa do  "Piso, Carreira e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação (PNE)" para todos os Estados do país. O objetivo é para chamar a atenção para o descaso praticado pela maioria dos gestores do Brasil.

A presidente da subsede de Cuiabá, Helena Maria Bortolo, falou da importância da adesão do município. "Cuiabá é mais um município que adere à mobilização que atinge uma escala nacional. Nós estamos juntos para brigar por melhorias na educação pública", frisou.

Já o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, comemorou a grande participação dos trabalhadores da educação no manifesto de hoje. "Assim, como ocorre em todo o Estado, a adesão de grande parte da categoria e também da própria população significa um reconhecimento do nosso movimento que veio, justamente, chamar a atenção dos gestores para que eles cumpram a lei que institui o piso salarial dos trabalhadores da educação, além de disponibilizar novos recursos que garantam uma educação pública de qualidade", destacou.

A vice-presidente do Sintep/MT, Jocilene Barboza dos Santos, também reforçou a importância da adesão popular ao movimento. "É fundamental que a sociedade some com os trabalhadores nesta luta, e lance mão da participação social para ter a valorização da educação pública com qualidade, que é um direito nacional", completou.

Outro ponto que a sindicalista fez questão de destacar é quanto à representatividade do Estado em âmbito nacional. "Pelo potencial financeiro que Mato Grosso tem não podemos nos contentar com o mínimo, diante de um Estado que não paga o piso instituído e, sim, o proporcional," reclamou Jocilene Barboza.

A secretária de Formação Sindical do Sintep/MT, Marli Keller, ficou satisfeita com resposta positiva da categoria. "Qualquer mobilização que o sindicato chama e a categoria responde e sinaliza a força do Sintep/MT". A sindicalista também chamou a atenção para o problema da rede municipal. "Hoje temos aqui principalmente com grande participação da rede municipal que está insatisfeita com a situação do ensino e baixos salários," ressaltou.

As dificuldades enfrentadas pela rede municipal foram reforçadas pela secretária de Articulação Sindical do Sintep/MT, Maria Luiza Bartmeyer Zanirato. "Podemos dizer que 70% da rede municipal aderiram à greve. A nossa briga é em defesa do cumprimento da Lei 11.738/2008 que garante o pagamento do piso salarial", completou.

Atualmente, em Cuiabá, o salário inicial de um professor é de R$ 955,00, e se a lei fosse cumprida os trabalhadores receberiam o piso de R$ 1.937,26.

 

 

 

Cuiabá, MT - 15/03/2012 00:00:00


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