A greve nacional da Educação
chega no seu último dia de mobilização com a realização de um ato público, em
Cuiabá, com aproximadamente 1.700 pessoas. A paralisação nacional convocada pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE),
O presidente do Sintep/MT,
Gilmar Soares Ferreira, comemorou a grande adesão dos trabalhadores da educação,
durante os três dias de mobilização. "Este grande movimento foi possível pela representatividade
que o sindicato tem nos municípios. Mato grosso novamente foi um dos Estados
que mais teve participantes nesta greve nacional," concluiu.
Durante os dias, 90% das escolas
das redes estadual e municipais de Mato Grosso paralisaram suas atividades. O
objetivo era chamar a atenção da sociedade para o descaso de grande parte dos
gestores públicos que descumprem a Lei Nacional do Piso do Magistério. Com a
realização de diversas atividades, trabalhadores da educação e alunos das duas
redes escolares debateram sobre o tema central da greve nacional "Piso,
Carreira e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação
(PNE)".
A secretária-geral do Sintep/MT, Vânia Maria Rodrigues Miranda, também
fez um balanço positivo da greve no Estado. "O nosso movimento teve a participação
da maioria dos municípios. Eles realizaram atividades e manifestações para
chamar a atenção da comunidade escolar e dos gestores quanto às dificuldades
enfrentadas pelas escolas que, com falta de estrutura, de repasses e baixos
salários não nos permite ter uma educação de qualidade", afirmou.
O secretário de Comunicação da subsede de Nova Olímpia, Gregório Cícero
Correia, avaliou positivamente os trabalhos destes três dias de paralisação.
"Nós abordamos a problemáticas das escolas em nosso município e, mais uma vez,
constatamos irregularidades com relação ao piso salarial que, às vezes, não
chega a ser o mínimo, problemas com o enquadramento de professores e
estruturais das escolas," alertou o sindicalista.
Bandeiras de luta do Sintep/MT,
a questão salarial e a desvalorização profissional geram desmotivação dos
trabalhadores da educação, como relata a professora Luciene Vieira da Costa, da
Escola Municipal Oscar Ribeiro