A greve nacional da Educação chega no seu último dia de mobilização com a realização de um ato público, em Cuiabá, com aproximadamente 1.700 pessoas. A paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Mato Grosso, foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). Com a concentração na praça Ulisses Guimarães, os trabalhadores seguiram em passeata até a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), onde foi realizado um ato público. Em seguida, houve uma caminhada pelo Centro Político Administrativo. A manifestação reuniu caravanas de 23 cidades do interior do Estado e representantes de outros 70 municípios.
O presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, comemorou a grande adesão dos trabalhadores da educação, durante os três dias de mobilização. "Este grande movimento foi possível pela representatividade que o sindicato tem nos municípios. Mato grosso novamente foi um dos Estados que mais teve participantes nesta greve nacional," concluiu.
Durante os dias, 90% das escolas das redes estadual e municipais de Mato Grosso paralisaram suas atividades. O objetivo era chamar a atenção da sociedade para o descaso de grande parte dos gestores públicos que descumprem a Lei Nacional do Piso do Magistério. Com a realização de diversas atividades, trabalhadores da educação e alunos das duas redes escolares debateram sobre o tema central da greve nacional "Piso, Carreira e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação (PNE)".
A secretária-geral do Sintep/MT, Vânia Maria Rodrigues Miranda, também fez um balanço positivo da greve no Estado. "O nosso movimento teve a participação da maioria dos municípios. Eles realizaram atividades e manifestações para chamar a atenção da comunidade escolar e dos gestores quanto às dificuldades enfrentadas pelas escolas que, com falta de estrutura, de repasses e baixos salários não nos permite ter uma educação de qualidade", afirmou.
O secretário de Comunicação da subsede de Nova Olímpia, Gregório Cícero Correia, avaliou positivamente os trabalhos destes três dias de paralisação. "Nós abordamos a problemáticas das escolas em nosso município e, mais uma vez, constatamos irregularidades com relação ao piso salarial que, às vezes, não chega a ser o mínimo, problemas com o enquadramento de professores e estruturais das escolas," alertou o sindicalista.   
Bandeiras de luta do Sintep/MT, a questão salarial e a desvalorização profissional geram desmotivação dos trabalhadores da educação, como relata a professora Luciene Vieira da Costa, da Escola Municipal Oscar Ribeiro em Várzea Grande. "A paralisação de hoje é um reflexo da realidade da nossa educação, um problema que não está apenas na rede municipal. Os trabalhadores contratados ainda são mais desvalorizados, pois temos que cumprir uma carga horária igual a de um concursado com um salário de R$ 866,00", criticou.

 

 


Cuiabá, MT - 16/03/2012 00:00:00


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