"Problemas gravíssimos poderão ocorrer no quadro de pessoal caso a Seduc mantenha as exigências das portarias de atribuições de aula. Não vamos aceitar de forma nenhuma a visão economicista de que não tem dinheiro se são sonegados recursos da educação. Estudos realizados pelo Sindicato comprovam que, até outubro de 2008, mais de R$ 200 milhões deixaram de ser investidos na Educação desde 2004". Essa afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira, ao questionar pontos importantes da portaria 371/09 GS Seduc/MT.

Ontem (15) à tarde, Gilmar Soares e os secretários de Finanças, Orlando Francisco, e de Cultura do Sintep, Edson Evangelista dos Santos, participaram de reunião com as secretárias adjuntas de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), Rosa Neide Sandes de Almeida , e de Gestão de Políticas Institucionais de Pessoal, Vera Araújo, para discutir o teor das portarias e os pontos prejudiciais para a categoria.

O presidente do Sintep foi incisivo ao questionar quatro pontos das portarias: o número de coordenadores para as escolas com três turnos; o aumento do número de alunos para a quantidade de técnicos de apoio administrativo educacional para nutrição escolar/merendeiras; a alteração no fator para definição do número de técnicos de apoio administrativo educacional de manutenção de infra-estrutura/limpeza ; e a possibilidade de abertura de novas turmas para a grande lotação de efetivos.

De acordo com o secretário de Cultura do Sintep/MT, Edson Evangelista, que também é diretor da Escola Estadual Professor Agenor Ferreira Leão, em Cuiabá, a portaria 371/09 é um retrocesso. "Antes, tínhamos uma merendeira para 300 alunos. A partir de 2010, a Seduc/MT estabelece que uma merendeira deverá alimentar 350 pessoas", lamentou. Os problemas de saúde são apontados como consequências da sobrecarga de trabalho. "Nossas merendeiras estão com problemas na coluna, estão ficando doentes", denunciou.

O diretor falou, ainda, sobre a redução no quadro de pessoal do apoio administrativo. "As escolas com até 11 salas de aula possuíam dois trabalhadores para fazer a limpeza das salas e da secretaria, pátio, quadra esportiva, banheiros, enfim, todas as dependências da unidade. A partir de 2010, de acordo com a portaria, apenas uma pessoa deverá realizar todo o trabalho", afirmou.

Além destas dificuldades, há a questão da não substituição de pessoal. "Quando os funcionários adoecem, a Seduc não viabiliza a substituição. Apenas os professores e vigias 'podem' adoecer. Caso o responsável pela limpeza fique doente ou precise faltar por algum outro motivo, a escola simplesmente não é limpa", declarou.

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 16/10/2009 00:00:00


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