Uma paralisação nacional de
24 horas vai acontecer durante a Semana da Pátria, quando cerca de cinco mil
trabalhadores vão marchar em Brasília por uma educação de qualidade. A
mobilização foi definida sexta-feira (25) durante da reunião do Conselho Nacional de Entidades,
a primeira a ser realizada após a greve nacional promovida nos dias 14, 15 e 16
de março.
Durante o debate, chegou-se
ao consenso de que, apesar do piso nacional dos professores estar na pauta da
sociedade, a área educacional ainda não é tratada como prioridade. A Secretaria
Geral da CNTE, Marta Vanelli, afirmou isso pode ser sentido na resistência dos
prefeitos e governadores em pagar o piso, que tem ocasionado greves mais duras
do que no ano passado. "Estamos lutando com os gestores independente dos
partidos", afirmou. "No primeiro semestre tivemos uma luta acirrada.
Embora haja poucos estados em greve agora (Bahia, Sergipe, Piauí), são greves
emblemáticas, porque revelam a incompreensão sobre a lei do piso",
salientou o presidente da CNTE, Roberto Leão.
A manifestação que será
promovida no dia 5 de setembro tem como objetivo justamente reforçar a luta
pela implementação completa da Lei do Piso. Além disso, os trabalhadores vão
destacar a importância de se investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na
Educação. A marcha será precedida de uma vigília na Praça dos Três Poderes.