As entidades presentes assumiram o compromisso em fortalecer o Fórum Estadual pela Democratização da Comunicação em Mato Grosso e participar da campanha de coleta de assinatura pelo Projeto de Iniciativa Popular por Mídia Democrática

Nos dias 5 e 6 de julho foi realizado o 1ª SEMINÁRIO: "QUERO FALAR TAMBÉM" - A DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO, pela Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso, no auditório do sindicato dos bancários. O encontro reuniu estudantes de jornalismo, movimentos sociais e sindicatos.  Os debates giraram torno do fortalecimento da campanha "Liberdade de Expressão", que luta pela aprovação do Projeto de Iniciativa Popular por Mídia Democrática.
Segundo o secretário de comunicação da CUT/MT, Robinson Cireia, a ideia que a comunicação precisa ser democratizada é antiga no Brasil. Em vários locais do mundo foram criadas regras regulamentando e regulando a mídia. Fizeram o controle da mídia. "Aqui, no Brasil, quando se fala em controlar ou regulamentar a mídia, logo dizem que queremos o fim da liberdade de expressão. O que queremos, na verdade, é a descentralização do poder midiático, que está concentrado nas mãos de 7 famílias",  afirma o secretário explicando que o poder mediático  está atrelado aos interesses políticos e que a regulamentação é necessária para garantir a democracia em nosso país.
O debate sobre a democratização da comunicação leva ao debate sobre a democracia em geral. Os participantes debateram intensamente questões como a constituinte, reforma politica e as manifestações no Brasil. Mas, o principal foco dos dias debates foi o  novo marco regulatório da comunicação está no combate à concentração do setor, e para isso queremos a proibição à propriedade cruzada de TV, rádio e jornal e impedir a concentração indevida de verbas publicitárias.
"O marco regulatório da comunicação brasileira criado há 50 anos, pelos militares. Hoje não reflete a pluralidade e a diversidade sociedade brasileira e isso afeta diretamente a democracia e os direitos humanos. Pois, entendemos que a comunicação é um direito humano e portanto deve ser entendida como política pública. Portanto, precisa ter regras para que seja exercida de forma justa. "Pensar uma nova estrutura para a comunicação não é pensar só a democracia é também pensar no desenvolvimento econômico de uma região, do país", afirmou  Rosane Bertotti pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e Diretora Nacional de Comunicação da CUT.
"Não queremos acabar com a Record , nem com a Rede Globo ou com o SBT. Queremos é que todos possam ter direito a um canal de TV.  Queremos que a CUT, o MST, os sindicatos, os movimentos sociais possam ter um canal de televisão, de rádio", acrescentou a coordenadora do FNDC, apontando questão do financiamento público e distribuição das verbas publicitárias  das três esferas governamentais.
Ainda nesta mesa "O oligopólio midiático e a democratização"  teve a participação do jornalista Paulo Moreira Leite, diretor da sucursal da IstoÉ, em Brasília e autor do livro: "A Outra História do Mensalão - As Contradições de um Julgamento Político" e do ex-vereador de Cuiabá, Lúdio Cabral, representando a direção estadual do Partido dos Trabalhadores.

Comunicação Alternativa
Na segunda mesa teve como tema a mídia e as suas relações política com os movimentos sociais. A reflexão e o debate sobre as forma que a mídia hegemônica criminaliza os movimentos sociais e sindicais.
Os debates também frisaram a importância e a necessidade e do fortalecimento das mídias contra hegemônica.  Foi defendida a necessidade de construir uma rede de comunicação dos movimentos sociais. Um desafio para a CUT/MT e as demais entidades de luta do povo.
O debate contou com a participação do presidente da CUT/MT, João Luiz Dourado, do secretário de comunicação do Sintep/MT e de formação da CNTE, Gilmar Soares,  Lú da direção do MST/MT, do presidente da UEE-MT, Rarikan Heaven,  da representante da Intervozes  - Coletivo Brasil de Comunicação Social, Mairá Silva Lima e o professor de Jornalismo da Universidade Estadual de Mato Grosso, em Alto Araguaia, Gibran Lachowsk.

Encaminhamentos
No final do encontro, as entidades presentes assumiram o compromisso em fortalecer o Fórum Estadual pela Democratização da Comunicação em Mato Grosso e participar da campanha de coleta de assinatura pelo Projeto de Iniciativa Popular por Mídia Democrática.
Os participantes apontaram uma nova reunião para estabelecer estratégias e ações para atingir essas metas. A reunião foi marcada na quarta-feira, dia 17 de julho, às 18h, no auditório do Sintep/MT (Rua Mestre João Monge Guimarães, n.º 102, Bandeirantes).

Cuiabá, MT - 08/07/2013 00:00:00


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