Centro de Pastoral para Imigrantes em Cuiabá está superlotado
O Conselho
de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de Mato Grosso (CDDPH) pediu
assistência ao governo do Estado no atendimento de imigrantes haitianos na
Capital. O Centro de Pastoral para Migrantes (CPM) que tem capacidade para
atender 57 pessoas abriga 121. Conforme um documento encaminhado a Secretaria
de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) o "aumento vertiginoso poderá levar a inviabilidade
de atendimento".
A carta assinada pelo presidente do CDDPH Teobaldo Witter pontua os
"transtornos de ordem operacional" acarretados pela superlotação. Segundo o
representante, o CPM é mantido pela Pia Sociedade Missionária São Carlos,
doações das comunidades que contribuem de forma voluntária e ajuda pontual de
alguns órgãos públicos para atender a demanda que suporta a casa.
Atualmente as dificuldades estão em atender a demanda reprimida de migrantes,
alimentação, funcionários para atendimento interno, falta de acesso aos
serviços de saúde, educação, segurança, comunicação e outros.
A representante do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
(Sintep/MT) no Fórum de Direitos Humanos Marli Keller integra as discussões em
torno da chegada de migrantes no Estado. "Como estes haitianos estão entrando
cada vez em maior número o Estado tem que acolher estas pessoas uma vez que o
estado brasileiro as recebeu".
Conforme o artigo 5º da Constituição Federal o Estado deve oferecer ações
concretas de resposta, respeitando os direitos humanos dessas pessoas que estão
sendo acolhidas pelo estado brasileiro. Haiti
Em 12 de janeiro de 2010 o país sofreu um violento terremoto, onde milhares de
pessoas morreram. Entre os sobreviventes um número significativo está migrando
para o Brasil. O Estado Brasileiro, numa atitude humanitária, franqueou a
entrada desses refugiados ambientais para que, aqui, pudessem buscar uma vida
menos sofrida daquela que passam os seus familiares, amigos e nacionais.