A educação no Brasil tem sérios motivos para estar
além da sala de aula, pois além de ensinar as disciplinas, os professores
precisam ensinar valores, procurar novas formas de ensinar, conhecer a realidade
dos alunos, buscar a participação dos pais que, muitas vezes, também estão
querendo ajuda. A família desestruturada reflete não só na escola, mas em toda
a sociedade.
Os governantes precisam investir em programas para ajudar as famílias à encararem
seus problemas, pois essa falta de estrutura familiar contribui para mau humor
dentro das salas de aulas, rispidez e rebeldia dos alunos, culminando em um trabalho
exaustivo e pouco produtivo para professores e alunos. Mas infelizmente os nossos
governantes estão muito midiáticos e entendem a educação como uma mercadoria,
que é diferente de tê-la como um direito universal e, como tal, um bem público.
Se a educação é vista como mercadoria, ela estará sujeita às leis do mercado,
isto é, deverá ser oferecida de forma diferenciada sob o ponto de vista da
qualidade e da quantidade, de acordo com o poder de compra do público que a consumirá.
Obviamente, se assim for, as classes empobrecidas terão à sua disposição uma mercadoria
de menor valor qualitativo e quantitativo em relação àquela consumida pelas
classes dominantes sob o ponto de vista econômico. Estamos vivenciando um
momento governamental de todas as instâncias em que a qualidade da educação não
importa, mais sim a quantidade. O que importa é criar eventos para a autopromoção
política,desperdiçando dinheiro público, enquanto nas escolas faltam verbas ou
são insuficientes para a compra de materiais essenciais para o trabalho
cotidiano.
Para alunos e professores 'Qualidades e Quantidades' esta muito além da sala de
aula e bem próximo de mercadorias, onde quem pode pagar conseguirá algo melhor,
e, quem não pode continua com o que tem pra hoje.