Durante o dia os educadores acampados realizam atividades de mobilização

O acampamento de greve dos trabalhadores da educação de Mato Grosso completa hoje 8 dias com a representação de 39 cidades. A permanência dos educadores em Cuiabá, no Centro Político e Administrativo (CPA) marca a paralisação da categoria que supera 90% de adesão dos profissionais. Durante o dia os trabalhadores realizam panfletagens, pit stops nos semáforos e distribuem adesivos de carros aos condutores.
Com estrutura para atender as necessidade diárias dos educadores, o acampamento de greve é mantido com a cooperação dos voluntários. Cerca de 45 pessoas dormem por noite no acampamento e são responsáveis pela resistência ao retorno das atividades até que o governo encaminhe proposta que atende a pauta de reivindicações. Desde o dia 12 de agosto em greve, os trabalhadores não obtiveram avanços concretos.
Um dos coordenadores do acampamento, Djalma Francisco de Sousa, diz que os profissionais estão convictos de que a luta é necessária e estão dispostos ao enfrentamento. Para manter o local limpo e organizado diariamente os trabalhadores programam as atividades, inclusive de mobilizações.
As barracas recebem as caravanas do interior e são marcadas pela inscrição dos nomes. Luciano Menezes Faria saiu de Rio Branco (356 km a Oeste da Capital) para acampar na Capital. O presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) diz ter chego no 1º dia do acampamento e acha que a ação é necessária para fortalecer o movimento. "Na verdade o governo não está negociando, ele está protelando. Ele não tem compromisso para resolver a situação. Pelo contrário, tem um descompromisso".
Em Rio Branco as 2 escolas, Vinte e dois de Maio e Rangel Torres, estão paralisadas. Luciano chegou em Cuiabá de ônibus após longa viagem e participa das ações programadas no acampamento. "Nós temos atividades todos os dias, panfletagens, dinâmicas de grupo", diz.
O presidente do Sintep/MT Henrique Lopes do Nascimento visita o acampamento fixado ao lado do TRT com frequência.
As palavras de incentivo levadas têm objetivo de confirmar que a estratégia do acampamento é necessária e tem surtido efeitos para marcar reuniões e pressionar o governo. "É importante salientar que o governador está postergando a greve quando pretende tornar a greve ilegal. Devemos nos manter firmes na greve,porque é um exercício de cansaço mesmo o que eles fazem conosco".
Os municípios que já tiveram representação no acampamento são: Acorizal, Apiacás, Carlinda, Canabrava do Norte, Cuiabá, Denise, Campo Verde, Luciara, Paranaíta, Poconé, Lambari D'Oeste, General Carneiro, Porto Estrela, Rondonópolis, Primavera do Leste, Barra do Garças, Tesouro, Várzea Grande, Vila Rica, Nova Canaã do Norte, Nova Bandeirantes, Chapada dos Guimarães, Comodoro, Mirassol D'Oeste, Porto Esperidião, Rio Branco, Campos de Júlio, Pontes e Lacerda, Santo Antônio do Leverger, Quatro Marcos, Araputanga, Nova Olímpia, Vera, Jaciara, Colíder, Barra do Bugres, Alta Floresta, Cáceres, Itanhangá. 

Cuiabá, MT - 09/09/2013 00:00:00


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