Os trabalhadores da educação devem estar atentos a um problema que parecia superado há 40 anos: a fragmentação de um mesmo ciclo, dividido por duas redes, a municipal e a estadual. "Tem se estabelecido uma lógica perversa, a de que o Estado tem ficado com as séries finais e os municípios com as iniciais", salienta o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira.

De acordo com o sindicalista, esta cisão ocorre em função da política de financiamento da educação, com os recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). "Isso estabelece uma corrida por alunos, que gera um problema sério. Os municípios, que são os que menos arrecadam, estão atendendo além da sua capacidade", explica.

A ruptura no atendimento aos alunos de um mesmo ciclo causa duas consequências práticas e prejudica toda a população. "A primeira é o prejuízo pedagógico, no ensino e na aprendizagem. E a segunda é com relação ao financiamento da educação, uma vez que nas séries inicias o valor é menor do Fundeb e faz com que os municípios tenham que arcar com todos os custos", ressalta o presidente do Sintep/MT.

Para o próximo Conselho de Representantes, nos dias 12 e 13 de dezembro, em Cuiabá, a intenção da direção do Sindicato é reavivar o debate sobre o tema e fazer com que os profissionais voltem para suas cidades com a atenção redobrada no sentido de resguardar a integralidade do ciclo com os alunos. 

 

 

 

 

Cuiabá, MT - 07/12/2009 00:00:00


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