Entidades querem ampliar a participação popular na luta por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político em Mato Grosso

 

Já são mais de 300 comitês organizados em todo o país para garantir a construção do plebiscito popular para uma Constituinte Exclusiva e Soberana. E, para fazer que o Plebiscito Popular também aconteça em Mato Grosso foi organizada a 2ª Plenária Estadual do "Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político", neste sábado, dia 24 de maio de 2014, na sede da CUT Mato Grosso. O evento reuniu mais de 25 entidades que querem o direito de mudar o sistema político do país.

 

Os trabalhos da 2ª Plenária Estadual começaram com a fala do secretário de comunicação da CUT/MT, Robinson Ciréia, resgatando o processo histórico da elaboração das Constituições brasileira. Ele aponta que historicamente não houve participação popular nas construções das Legislações do Pais e nunca houve representação popular. "Atualmente, o Congresso Nacional não representa os interesses da classe trabalhadora. A maioria dos congressistas representam os interesses econômicos e de grupos de empresários que financiam a sua eleição", aponta o diretor da CUT, ressaltando um dos pontos de divergência é o financiamento das eleições que tem contribuído para a corrupção.

 

Segundo Robinson o sistema politico precisa ser mudado para livrarmos a política brasileira do poder econômico, abrir canais de participação direta e permitir a expressão institucional da correlação de forças na sociedade. "Ao elegermos a reforma do sistema político como prioritária damos um passo estratégico visando fortalecer as vozes populares, avançar na disputa e conquista do poder", frisa o diretor da CUT/MT.

 

A secretária de organização sindical do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), que representa a entidade na Operativa Estadual do Plebiscito, Marli Keller, deu continuidade aos trabalhos abordando a sub-representação de mulheres, negros, índios e jovens no Congresso Nacional. "Um congresso com essa composição, baseada no financiamento privado nunca teremos uma configuração diferente. Então é necessário mexer em todo o sistema político", afirma Keller ressaltando que é preciso ampliar a participação efetiva de todos, principalmente, nós que atuamos nos movimentos sociais e sindical.

 

"É preciso mobilizar todos os cidadãos e cidadãs que quiserem trabalhar para que o Plebiscito Popular aconteça. Ele é muito representativo porque é organizado pelo povo", acrescentou a professora Marli que levou para o evento as bandeiras da Marcha Mundial das Mulheres, do Sintep/MT, das Mulheres da CUT e do Brasil. "Essa é uma luta que fazemos por amor ao nosso país", frisou a diretora da CUT/MT.

 

Outras reformas

 

Durante o debate, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MT), ressaltou que o processo de reforma política tem que apontar para a democratização da comunicação. Outros participantes citaram também necessidade da reforma do judiciário, reforma agrária e também a necessidade da desmilitarização da Política Militar.

 

"Uma constituinte exclusiva que norteie todo o sistema político em nosso país é desejo antigo. Os diversos segmentos do movimento sindical e popular tem o desafio de fazer acontecer o Plebiscito por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político", afirma o presidente da CUT/MT.

 

No período da tarde foram feitas as orientações e encaminhamentos para organizar os comitês regionais e fazer acontecer o Plebiscito Popular em Mato Grosso na prática.  E, também foram feitos os informes da 3ª Plenária Nacional pelas educadoras populares da Rede de Educação Cidadã de Mato Grosso (RECID/MT), Glória Antônia Mamani Ticona e Rosenira Freitas Barbosa, que representaram Mato Grosso no evento nacional que ocorreu nos dia 16 e 17 de Maio de 2014, em São Paulo (SP).

 

Além da CUT/MT, RECID/MT e SINTEP/MT, também estiveram presentes na 2ª Plenária Estadual as seguintes entidades: SINTEL, SENALBA, SINTUF, FETEC/CN, CEEB/MT, CBFJ, LEVANTE, MMM, ECOSOL, FAMMT, FDHT, MST, CARITAS, PJ, Juventude e Revolução, SINDSEP, FORMAD, SINDJOR, Gabinete do Dep. Federal Ságuas Moraes, PT, CONSULTA POPULAR.

 

Como participar do Plebiscito Popular?

Os Comitês Populares são os instrumentos para quem deseja construir e participar do Plebiscito. Trata-se de um grupo de organizações e/ou pessoas responsáveis por organizar as atividades relativas ao Plebiscito até chegar a Semana da Pátria (01 a 07 de Setembro de 2014) quando ocorrerá a votação do Plebiscito Popular. Pode-se organizar um Comitê Popular nos estados, municípios, bairros, escolas, igrejas, sindicatos, associações de bairro, universidades, comunidades rurais, grupos culturais, ou seja, em qualquer local que reúna os interessados em participar da Campanha.

 

Para criar um Comitê Popular?

Basta que tenha uma pessoa interessada em participar do Plebiscito para que o Comitê exista. A partir daí, pode-se chamar familiares, amigos, colegas de escola, pessoas próximas para juntarem-se e organizá-lo. Formado o Comitê e em contato com os Comitês do seu município, de municípios próximos ou do seu Estado é só começar a organizar atividades!

 

Tudo isso ajudará a multiplicar a ideia do Plebiscito para que se colete ao menos 10 milhões de votos por todo o Brasil. A meta da Campanha é ter ao menos um Comitê Popular em cada bairro das grandes cidades, em cada município do interior, em cada paróquia, assentamento, comunidade de todos os estados brasileiros.

 

Quer saber mais? Acesse o site da campanha!

Cuiabá, MT - 27/05/2014 00:00:00


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