O Fórum Permanente de Debates da Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso (FPDEJA-MT) discutiu no recente encontro dia 31 de julho, ações para fortalecer o acesso, a permanência, a qualidade, e as condições nas instituições de ensino para receber os estudantes da EJA. O encontro realizado no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) apresentou diferentes ações para fazer frente a política de desmantelamento do segmento, praticadas pelo governo estadual. 
O encontro constatou que a falta de investimento e proposições que atendam às necessidades e especificidade da EJA tem promovido a desistência e o desinteresse de ingresso de estudantes na escola. O Conselheiro Fiscal do Sintep-MT e representante do Comitê de Educação do Campo, Ailton Oliveira de Amorim, relatou que foram feitas várias denúncias sobre práticas que estão ocorrendo nas escolas em diferentes municípios do Estado. Práticas que têm dificultado o ingresso e a permanência dos estudantes da EJA.
 “Os depoimentos apontam que as avaliações realizadas pela Seduc têm conduzido a anulação de práticas de autonomia das Escolas asseguradas pela LDB e sem proposições de alterações das mesmas”, destaca.  Como exemplo, ele cita a divulgação recente do número de alunos fantasmas nas escolas. Conforme explica, isso tem atingido em maior proporção as unidades de EJA. “Os estudantes da EJA são flutuantes e tem matrículas diferenciadas (trimestral e por área de conhecimento). Por isso, muitas vezes vão estar registrados, mas não estarão na escola.
Outra situação denunciada foi da falta de autonomia oferecida pela Seduc às escolas para retirar do sistema as matrículas que não foram efetivadas. Todas essas situações fortaleceram o argumento necessário para o governo promover o encerramento de turmas e a junção de salas, enquanto a demanda da Educação de Jovens e Adultos não é atendida com políticas inclusivas.
Para reverter esse quadro o Fórum busca fortalecer a articulação dos representantes estaduais e institucionais para a atuarem coletivamente nos movimentos sociais e nos diferentes espaços. Durante a recente reunião, por exemplo, estiveram representantes do Movimento dos Sem Terra (MST). A presença do MST trouxe para a discussão a necessidade das instituições formadoras, como o IFMT, levar para o campo uma formação emancipadora que ajude a romper com o sistema opressor. Pediram para que as instituições saiam do comodismo e sejam protagonistas de uma nova visão de mundo.
Integram o Fórum além do Sintep-MT, Conselho Estadual de Educação (CEE), Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Universidade de Mato Grosso (Unemat), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT) e Comitê Interinstitucional Permanente de Educação do Campo de Mato Grosso (CIPEC/MT).

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 06/08/2015 12:46:34


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