Trabalhadores (as) da Educação Pública de Mato Grosso realizaram vigília por direitos, acampados em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRT/MT), na avenida Rubens de Mendonça (CPA), na noite de quinta-feira (22.10). A manifestação integra a agenda da Marcha Estadual em Defesa da Escola Pública e por Nenhum Direito a Menos, que culminará nesta sexta-feira (23.10) com a caminhada pelo Centro Político Administrativo.

O descumprimento do repasse dos 35% para Educação, como determina a Constituição Federal, os desvios de finalidades dos recurso de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), a fragmentação da recomposição salarial de maio de 2015, são os parte dos pontos de reinvindicações da categoria. Para o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento. “Não cola a ideia que o governo quer passar para a sociedade de que não tem receita para a Educação. Investigações públicas confirmam desvio de recursos que deveriam ser repassados para a área”, relata.

Nascimento destaca que o governo do Estado está executando a compra da força de trabalho dos educadores (as) por meio de mão de obra cada vez mais barata. “Temos atualmente 60% da folha da Educação estadual preenchida por contratos temporários. “O governo faz economia dessa maneira, comprar nossa força de trabalho cada vez mais barata ao invés de realizar Concurso Público”, acrescenta.

Acampamento

A professora rede estadual do município de Guiratinga, Eremisis Gomes, 53, veio para a Marcha com a caravana de Rondonópolis. A principal reivindicação dela é o cumprimento da Lei 510/2013, que garante a Dobra do Poder de Compra, conquistada com a greve de 2103 e ameaçada pelo governo Taques quando fragmentou a recomposição salarial.

“Queremos que o governo respeite a Lei da Dobra do Poder de Compra, e ele tem mostrado que não respeita o Sintep, ou seja não respeita a categoria dos/as trabalhadores/as da Educação Pública de MT. O governador Taques se revela um coronel ao fazer as coisas pela ótica dele, sem consultar ninguém”, desabafa.

A auxiliar de turmas, de Carlinda (município distante 800 Km de Cuiabá), Rosana de Souza Duarte, 32, participa pela primeira vez de um acampamento. Ela viajou 14 horas para protestar contra a fragmentação do índice do INPC, que retirou 3,11% de seu salário e fragilizou a conquista da Lei da Dobra do Poder de Compra,

Outro ponto apresentado coletivamente foi a péssima situação da estrutura física das escolas tanto na rede estadual como nas municipais. “Estamos em pleno século XXI e os equipamentos de nossas unidades escolares são do século XVI”, destacou o presidente do Sintep.

Nascimento conclui destacando que a Marcha é um marco na luta por escola de qualidade, valorização profissional, melhoria da infraestrutura das escolas, e direitos conquistados por trabalhadores/as da Educação na história dos 50 anos do Sintep.  

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 23/10/2015 10:02:31


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