Nesta quinta-feira (12/11), começaram as reuniões dos Coletivos de Formação e Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Pela primeira vez, a Confederação uniu as discussões dos coletivos, com objetivo de buscar ideias para atrair os jovens e melhorar a formação de quem está entrando na luta da categoria. Na mesa de abertura, estiveram presentes o vice-presidente da CNTE, Milton Canuto, a secretária adjunta de formação da CUT, Sueli Vieira e o coordenador do Coletivo da Juventude da CNTE, Carlos Guimarães.

"É fundamental a participação das entidades nesta discussão, para desenvolvermos um trabalho unitário e assim evoluirmos cada vez mais”, enfatizou Canuto.

Durante a manhã, paralelo ao Coletivo da Juventude, aconteceu o Seminário de Formação Sindical. O tema foi “Os desafios atuais para a Formação de Dirigentes Sindicais com especial ênfase na Juventude”. O educador popular de São Paulo, Emílio Gennari, falou sobre as transformações no mundo do trabalho e as exigências para o novo trabalhador.

“Atualmente há uma falta absoluta de luta. A maioria dos novatos está aprendendo de qualquer jeito e acaba desistindo. Esses jovens têm que aprender por partes e crescer na luta. É necessário fazer junto, os instrumentos teóricos são fundamentais e dão possibilidade de avançar. O que falta hoje em dia é uma identidade coletiva no interior da escola. Faltam ideias e ações para enfrentarem, juntos, as questões do cotidiano. Sem recursos, há uma sensação de impotência”, destacou Gennari.

Dando continuidade ao tema, a secretária adjunta de formação da CUT, Sueli Vieira, enfatizou a necessidade de discutir as transformações no mercado de trabalho da educação. “Temos que refletir e aprofundar este assunto de acordo com as nossas experiências. Precisamos buscar alternativas para lidar, de forma coletiva, com as mudanças e discutir estratégicas específicas para atrair os jovens e dar formação adequada para que eles participem do dia a dia dos sindicatos. Precisamos, também, lutar para termos mais espaço e incentivo para fazer especializações como mestrado e doutorado”.

O coordenador do Coletivo da Juventude da CNTE, Carlos Guimarães, destacou a importância de reformular o acesso e a permanência na educação. "É possível perceber uma grande lacuna entre o teórico e o prático. Estamos numa decadência muito grande e se continuarmos no mesmo sistema educacional, vamos continuar apertando parafuso. Precisamos fazer uma mudança social, temos que dialogar com a sociedade. A educação só não está pior porque os professores tem uma grande responsabilidade nesta área. Com relação à formação, precisamos fazer formações mais dinâmicas nos nossos sindicatos", enfatizou Carlos.

No período da tarde, representantes de 20 entidades filiadas à CNTE presentes, apresentarão suas experiências formativas.

CNTE

Cuiabá, MT - 12/11/2015 15:11:07


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