A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE/MT) tem sido nossa parceira em uma das lutas que encampamos como nossa bandeira: a de garantir condições de trabalho decentes a todos(as) os(as) trabalhadores(as). Porém, o que notamos com a deflagração do movimento grevista dos servidores é que a máxima "em casa de ferreiro o espeto é de pau" é valida neste caso. Isso porque o prédio da Superintendência, construído há quase meio século, não apresenta condições mínimas de segurança, colocando em risco servidores e usuários.

Relatórios emitidos pelos órgãos de fiscalização, como o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia-Geral de Mato Grosso (Crea-MT), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Superintendência Regional do Patrimônio da União em Mato Grosso e Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho, relataram diversos problemas estruturais nas instalações da SRTE/MT. Estes problemas comprometem a saúde e a segurança dos servidores e cidadãos e prejudicam o atendimento realizado na autarquia.

E as informações prestadas são, no mínimo, de estarrecer. Infiltrações em diversos pontos, causadas por problemas estruturais nos telhados e calhas; goteiras em lustres e instalações elétricas; problemas na rede hidrossanitária; salas com mofo e fungos; e falta de acessibilidade são alguns dos problemas apresentados pelas autoridades.

Tais situações foram diversas vezes apresentadas às autoridades competentes, mas em nenhum momento houve vontade política para resolvê-las. Ora, é grande a ironia neste caso, uma vez que os 164 servidores lotados na Superintendência são os mesmos responsáveis por verificar, dentre outras coisas, a estrutura existente nos locais de trabalho, garantindo a salubridade dos(as) profissionais.

A SRTE/MT desenvolve um trabalho pioneiro no sentido de criar uma Agenda pelo Trabalho Decente. E, para que as melhorias iniciadas pelos servidores, que vêm logrando êxitos, tenham continuidade, é de fundamental importância aplicar imediatamente os recursos dotados orçamentariamente, via emenda do deputado Carlos Abicalil (PT), no valor de R$ 150 mil, no sentido de dar condições de trabalho aos trabalhadores e trabalhadoras. Só assim, as pessoas poderão ter a certeza de que o Poder Público trabalha, de fato, no sentido de construir justiça e mobilidade social. Vale lembrar que no quesito emprego o Estado de Mato Grosso tem obtido uma evolução significativa, mas o mesmo não se verifica na estrutura de atendimento ao trabalhador.

Para finalizar, o Sintep/MT conclama a sociedade organizada e outras instâncias de governo a participarem dessa luta, que é de todos.

 

 

Direção Central do Sindicato dos Trabalhadores

no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT)

Cuiabá, MT - 23/02/2010 00:00:00


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