Milhares de trabalhadores/as da educação pública, sindicalistas das diferentes categorias ligadas as centrais sindicais e estudantes das rede públicas de ensino saíram as ruas da capital nesta quinta-feira (22.09) para protestar contra o arrocho do Governo Federal ao tentar implantar leis que retiram direito da classe trabalhadora.  Os manifestantes, que estiveram concentrados na Praça Ipiranga, no centro de Cuiabá, saíram em caminhada até a Praça Alencastro, retornando em seguida ao ponto de partida, aos gritos de governo golpista,

A luta unificada foi contra a reforma da Previdência, a terceirização dos serviços públicos, a retirada de recursos da Educação com a privatização do pré-sal, o congelamento dos salários, o golpe na CLT (Confederação das Leis Trabalhistas) e, contra a mais recente medida, que é a reforma do ensino médio, alterando a Leis de Diretrizes Básica da Educação (Lei 9.394, de 1996).

Para o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento, a alteração do Ensino Médio, implantada por Medida Provisória será mais um golpe nas conquistas consolidadas na educação. Conforme Lopes, a reforma do Ensino Médio imposta pelo governo Temer promoverá a precarização da carreira, quando permite inclusive a contratação de professores desabilitados. E o que é pior, sem promover o fundamental, a melhoria na qualidade do ensino. “Essa é mais uma tentativa de repassar para a iniciativa privada uma função do Estado, que é garantir os serviços públicos”.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), João Dourado, destacou, durante a caminha, a importância da conscientização popular para os impactos dos projetos federais para todos/as trabalhadores/as, já que se estenderá a cortes nos direitos das Leis Trabalhistas (CLT).

O secretário de infraestrutura do Sintep-MT, professor aposentado, Edson Evangelista, pontuou a má qualidade de saúde dos profissionais quando chegam ao final da carreira. “Estão doentes pelos excessos ao longo da vida profissional. Muitos iniciam o trabalho jovens, não resisitirão a ampliação da jornada (12 hoas) ou  tempo de serviço para aposentadoria ( 65 anos ou mais)”, disse.

“Na crise econômica que estamos vivendo hoje, com os altos índices de desemprego, o que será do trabalhador sem as conquistas trabalhistas (CLT). O que será desses profissionais se tiverem que negociar com o patrão o 13º e as férias?”, questionou o representante da CTB, Sérgio Miranda.

O encerramento do Dia de Paralisação foi concluído com sinalização para a realização de uma Greve Geral caso os projetos, hoje encaminhado para o Senado, sejam aprovados.  Estiveram presentes representantes dos profissionais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas (AME), Sindicato dos Bancários, Sinetran-MT e outros.

*atualizada

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 22/09/2016 20:52:25


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