“Por nenhum direito a menos” é o grito que une trabalhadores/as de norte a sul do país e ecoa também em Mato Grosso nesta quinta-feira, 29 de setembro, quando trabalhadores/as e estudantes se mobilizam em Cuiabá para lembrar o Dia do Calote (não pagamento integral da RGA), e manifestar a insatisfação às políticas implementadas pelos governos de Michel Temer e Pedro Taques.

O manifesto de representantes sindicais na Praça Ulisses Guimarães, no Centro Político e Administrativo da Capital mato-grossense, durante a manhã, destacou os impactos que os projetos que tramitam no Congresso Nacional terão no bolso e nos direitos dos trabalhadores/as de todo o pais, sejam servidores públicos ou contratados de todas as áreas e setores profissionais.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento, destacou a construção da agenda nacional para deter a manobras dos golpistas que atacam os direitos dos trabalhadores/as do país, em especial os profissionais da educação. Lopes informou sobre da grande mobilização marcada para o dia 5 de outubro, que levará caravanas de trabalhadores/as a Brasília, para pressionar os políticos contra a efetivação da PEC 241 (congelamento em investimento público), do PL 4.567 (privatização do pré-sal) e a Medida Provisória 746 (reforma do ensino médio).

O secretário de Finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco, ressaltou a necessidade da população ficar atenta as estratégias governamentais, aplicadas no Estado, para fazer valer os interesses de grupos. Orlando cita especificamente a implantação das Parcerias Público Privada (PPP), na Saúde. “Esta semana, por pouco, as PPP’s não passam desapercebidas no Plano de Trabalho Anual (PTA), da Secretaria de Estado de Saúde. Já havia recursos garantidos na LOA e LDO, não fosse o Conselho Estadual de Saúde (CES), seriam encaminhadas para aprovação”, relata ele que é conselheiro do segmento usuário no CES.  

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde (Sisma), Oscarlino Alves, confirmou a manobra das PPP’s, e destacou que as tentativas de desmonte do serviço público arquitetadas pela política de Temer são repercutidas no estado nas práticas adotadas pelo Governo Taques. Conforme ele, o governador argumenta que faltam recursos para investimentos, mas não recolhe os impostos de setores que tem muito a contribuir (agronegócio e empresarial).

“Temos que unificar a luta, nos unir contra projetos que coíbem a cidadania, como a Lei da Escola sem Partido, a Lei da Mordaça, que quer criar alunos alienados e proibir os professores de falarem o que pensam; temo que lutar ainda contra as alterações do Ensino Médio, que tira dos estudantes o direito de pensar e apreender. E temos que lutar contra todos os projetos que tiram direitos da classe trabalhadora”, defendeu a representante do Sinasefe, sindicato que representa os servidores dos Institutos Federais, Silvana Pedroso.

Compareceram na manifestação representantes da iniciativa privada, como vigilante Lehu, que ressaltou durante sua fala a intenção do projeto federal de introduzir acordos sobre o que é negociado e não o legislado, enfraquecendo o poder de negociação entre trabalhadores e patrões.  

Assessoria/Sintep-MT
Cuiabá, MT - 29/09/2016 15:33:55


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