O Sintep/MT externa sua indignação contra o projeto de lei apresentado para trabalhadores/as do campo, esta semana, na Câmara Federal, pelo líder da bancada ruralista, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). É preciso que a categoria, e todos/as eleitores/as, percebam a postura desumana e perversa que carrega um projeto que traz como proposta permitir que os patrões paguem a força de trabalho de formas diversas, incluindo com moradia e comida. O projeto em questão, fortalecido pela Reforma Trabalhista, já aprovada pela Câmara, regressará a escravidão no campo.

Entendam que ao rasgar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), prevalecerá o negociado sobre o legislado. E assim será feita a "negociação" entre patrões e empregados. Com o projeto de lei do deputado Leitão, o/a trabalhador/a no campo poderá, quando "de acordo" com o patrão, trabalhar até 12 horas por dia. E mais, tornar o período de descanso semanal, para além de quinzenal, tendo folga a cada 18 dias.   

A tentativa de confundir a sociedade ao argumentar que se busca corrigir equívocos da Justiça do Trabalho, quando tratar de forma diferente a agenda do trabalhador do campo com a cidade, é mentirosa e não será aceita.  Estão tentando, assim como na igualdade da aposentadoria entre homens e mulheres, comparar realidades diferentes. A vida no campo começa mais cedo, tanto em idade quanto em horas de trabalho; as condições de trabalho, acesso à saúde, transporte e educação, quando existem são precárias. Os/as trabalhador/as do campo necessitam de salários dignos e direitos sociais, que sempre lhes foram negados (Saúde, Educação, Habitação, Aposentadoria). 

A moradia e a alimentação não podem ser moeda de troca para pagar o desgaste físico e emocional e a valia do trabalho executado por cada um e cada uma. Exigimos o respeito daqueles que deveriam representar o direito humano e coletivo da população brasileira.

SINTEP/MT

Cuiabá, MT - 03/05/2017 18:08:43


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