O senador Eunício de Oliveira, presidente do Senado, por volta do meio-dia desta terça-feira (11) interrompeu a sessão que estava sendo presidida pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Bastante irritado, Eunício arrancou o microfone da lapela do vestido da senadora e anunciou: - "A sessão está suspensa até que eu volte ocupar a cadeira da presidência". Imediatamente, a TV Senado interrompeu a transmissão ao vivo do plenário e passou a transmitir uma reunião da Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Como a senadora Fátima Bezerra recusou-se a sair da cadeira que ocupava, Eunício determinou que as luzes do plenário fossem apagadas.

Pouco depois das 10 horas, as senadoras Gleise Hoffmann (PT-PR),  Fátima Bezerra (PT-RN) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ocuparam a mesa do Senado e conduziram a sessão por cerca de duas horas, abrindo o microfobne da tribuna para protestos e denúncias da gravidade do erro que será  a aprovação da Reforma Trabalhista.

Mais cedo, uma vigília de trabalhadores e trabalhadoras aconteceu em frente ao Congresso Nacional em Brasília e atos por todo país lutam para barrar este retrocesso para a classe trabalhadora nesta terça (11).

A Reforma, que de reforma não tem nada, é um desmonte da leis trabalhistas no país pode ser votada a qualquer momento.A proposta do presidente ilegítimo de Michel Temer e seus aliados acaba com direitos duramente conquistados, como o salário mínimo, 13º, férias, descanso remunerado, entre outros.

A secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, está na vigília e diz que tentando liberar a entrada nas galerias do Senado Federal, mas estão sendo impedidos.

“Fecharam as portas do Congresso para a classe trabalhadora, para o povo brasileiro e para o debate. E quando a gente entra não podemos nos manifestar. Tem que ficar calado, se não colocam pra fora. Isso não é democracia”, afirmou.

Graça destaca na página do facebook da CUT que vão entrar no Senado porque os dirigentes têm uma liberação do STF (Supremo Tribunal Federal) para defender a classe trabalhadora porque se esta proposta passar não teremos como reverter esta situação.

“Vai colocar o povo brasileiro numa situação muito difícil, porque não é só uma questão trabalhista é uma questão de economia. É uma questão de desenvolvimento do país. Os trabalhadores vão ter redução de seus salários e de seus direitos e isso tem um impacto salarial e, portanto, na economia. A CUT tá aqui para barrar este retrocesso para a classe trabalhadora e para o país”, finalizou.

Em várias cidades, como Belém, Brasília, ABC Paulista e várias capitais brasileiras fazem atos pra informar a população das tragédias deste desmonte da CLT.  

 

Fonte: CUT

Cuiabá, MT - 11/07/2017 12:57:04


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