Causa enorme indignação sabermos do envolvimento de políticos mato-grossenses em escândalos de corrupção, desvios de recursos públicos, superfaturamento de obras e caixa-dois eleitoral.

A população assiste com espanto o desenrolar das denúncias expostas pela mídia sem entender os reais motivos que levaram autoridades de todos os poderes, que tanto já receberam dos recursos públicos para exercerem suas funções em prol da população, mas que, no entanto, agem em benefício próprio ou de seus grupos políticos.

É constrangedor que, para além do ex-chefe do Poder Executivo de Mato Grosso, estejam nomes de relevância do meio jurídico, inclusive da esfera Nacional. É uma contradição que membros do Legislativo e do Judiciário promovam ou tolerem o descumprimento das leis fazendo a farra do dinheiro público enquanto deixam de aplicar os recursos do IRRF na Educação, promovendo o parcelamento da RGA aos educadores, inclusive sob os olhos do próprio TCE/MT.

No caso particular da delação do ex-governador, fica clara e notória a usurpação da condição de autoridade daquele que deveria ter servido ao povo e, ao invés disso, promoveu tratativas com empresários também promotores da corrupção em benefícios de seu grupo e de suas famílias. Tudo às custas dos direitos da população.

Sofrimento e morte no meio do povo mais necessitado foram causados pelos desvios de recursos públicos, recolhidos do bolso de cada cidadã e cidadão, e que deveriam constar de ações de melhoria social: escolas, postos de saúde, hospitais, segurança, salários dos servidores/as públicos/as. Esses recursos foram desviados para encher bolsos, malas e meias daqueles  que melhores salários recebem dos cofres do Estado.

É longo o histórico de desvios dos recursos da educação pública em MT. Todos os governadores, inclusive o atual, descumpriram (e descumpre) deliberadamente a Constituição estadual ao não assegurarem os recursos constitucionais da educação. O que retiram do povo com uma das mãos, concedem com a outra aos abastados donos das máquinas de produção. Como se não fosse suficiente a míngua de prioridades, para nosso espanto, as deleções feitas revelam que as benesses com recursos públicos para políticos e empresários corruptos tornam cada vez mais evidentes que os dutos públicos não verterão recursos suficientes para os investimentos sociais.

Para além das políticas de renúncia e isenção fiscal, o governo atual adota políticas de privatização e terceirização favorecendo mais uma vez o bolso dos empresários. É vergonhoso vermos ações que carreiam migalhas da Assistência Social para ações promovidas pelo governo, quando hospitais regionais deixam de atender a população em função de cortes nos repasses dos recursos. Outro exemplo, são ações esporádicas e midiáticas como as malfadadas caravanas da “transformação” que percorrem o Estado distribuindo, com pirotecnia, ações que deveriam ser de Estado e não concentradamente de governo. Em ambas, gasta-se mais com propaganda do que com o orçamento social e daí faltam condições para realizar Concurso Público para atender o número real de vagas e políticas de prevenção na Segurança Pública e Saúde.

Reiteradamente manifestamos nossa indignação com as relações promíscuas entre o Executivo, Legislativo, membros do Judiciário e até o Tribunal de contas do Estado. Nesse bojo vale registrar o histórico de VENDAS DE SETENÇAS pelo TJ/MT. Lamentavelmente, as autoridades que se deixam envolver por essa postura viciosa e promíscua promovem com isso a descrença e a falta de fé na política, que é uma ferramenta vital para assegurar os projetos em favor dessa mesma população.

Exigimos rigor nas apurações e a devolução  de cada centavo desviado dos recursos do povo, pois estão fazendo muita falta para assegurar as tão esperadas políticas públicas esperadas pelos cidadãos e cidadãs.

A Direção

SINTEP/MT – LIVRE, DEMOCRÁTICO E DE LUTA.

*atualizada

Cuiabá, MT - 04/09/2017 18:05:43


Print Friendly and PDF

Exibindo: 2911-2920 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter