Cerca de 300 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) montaram acampamento em frente à prefeitura de Cláudia, a
Segundo o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Edson Sauthier, os manifestantes cobram educação de qualidade, direitos iguais a todos os alunos das escolas urbanas e rurais, além do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). "Mais uma vez o Executivo Municipal não deu atenção à Lei e às solicitações oficiais da categoria. Diante da insensatez e da hipocrisia do Poder Executivo, o Sindicato, que conta com o apoio de alguns vereadores, também passou a ter o apoio do MST", desabafou.
Os trabalhadores da educação reivindicam ainda respeito ao plano de carreiras dos profissionais da rede municipal; pagamento das dívidas históricas para com a educação, principalmente relacionadas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) dos anos de 2004, 2003, 2002 e 2001; e a construção imediata das escolas nos assentamentos do município, pois até o momento não há previsão de início do ano letivo, diante da falta de estrutura. "Todos sabem que o prefeito (Vilmar Giachini) é bom para fechar escolas rurais. Em oito anos de administração, fechou praticamente todas que se situavam a mais de quatro quilômetros da cidade, deixando apenas uma", protestou.
Incômodo - A união dos movimentos sociais em prol da luta pela qualidade no ensino incomodou o Poder Executivo, conforme relatou o presidente da subsede do Sintep/MT. "A SMEC (Secretaria Municipal de Educação e Cultura) comprovou a possibilidade de pagar o PSPN. Mas, para isso, terá de fazer cortes de despesas na folha de pagamento de seus 'afilhados'. Para evitar isso, o novo secretário de Educação assumiu um discurso pior do que o de seu antecessor, ao alegar que, apesar de ter recursos financeiros, há outras Leis que impedem a implantação do piso", denunciou. O sindicalista lembrou que o que está em discussão é a Lei 11.738/08, que não possui qualquer impedimento, e da qual a categoria não abrirá mão.
Como começou - A subsede procurou a prefeitura e a SMEC inúmeras vezes, mas de fevereiro de
À medida que a negociação emperrava, o desgaste entre trabalhadores e prefeitura aumentou a ponto de o prefeito ter exonerado toda a equipe da pasta de Educação. Durante assembleia geral, no dia 26 de fevereiro deste ano, a categoria decidiu que o dia 16 de março seria limite para resolver o impasse. Com a troca no secretariado, o novo titular solicitou, ao final da reunião do dia 16, mais 10 dias para retomar as negociações. Desde então, a categoria está em greve.