Os trabalhadores no ensino
público de Mato Grosso estiveram reunidos, neste final de semana, em mais um
Conselho de Representantes. O encontro foi realizado na sede do Sindicato dos
Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em Cuiabá. "Este
Conselho é importante tanto para a rede estadual, que pôde avaliar as
possibilidades de avanço na pauta de reivindicações, quanto para a municipal,
que ainda luta pela implementação do Piso Salarial Profissional Nacional
(PSPN)", salientou o presidente do sindicato, Gilmar Soares Ferreira.
Além disso, os profissionais
puderam debater os encaminhamentos que serão dados após a primeira audiência
com a nova titular da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, Rosa
Neide Sandes de Almeida. "Fomos informados que, em função da política econômica
do governo, não poderá avançar mais do que já propôs", ressaltou o
sindicalista. As discussões do fim de semana serão levadas para a assembléia
geral de hoje (12), às 14 horas, na escola Presidente Médici.
A categoria cobra o
pagamento do piso retroativo a janeiro desde a última assembleia geral,
realizada no dia 08 de fevereiro deste ano. "Os trabalhadores da educação
acataram a proposta de reajuste da Seduc, de 8,11%, com essa ressalva",
lembrou. O posicionamento do Governo do Estado, porém, indicou a implementação
da correção apenas em maio de 2010.
Gilmar Soares Ferreira
lembrou também do mote da luta da categoria. "Estamos trabalhando por
valorização profissional, que passa por um salário digno e por melhores
condições de trabalho". Cálculos realizados pelo Sindicato mostram que os
repasses do Governo Federal garantem a implantação do PSPN em todos os 141
municípios do Estado. "Mas, como este é um dinheiro sagrado e pontual que cai
nas contas das prefeituras, muitos gestores utilizam expedientes nefastos e
acabam desviando esta verba para outros fins", complementou.
ZSEE -
Além da luta da categoria, o Conselho de Representantes debateu a proposta de
Zoneamento Socioeconômico e Ecológico do Estado (ZSEE), aprovada, em primeira
votação, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O texto reduz o
número de áreas de preservação permanente e ignora boa parte das contribuições
dadas durante as audiências públicas para discutir o tema. "Neste sentido, o
que cabe a nós, como educadores, é abrir o diálogo com alunos e alunas para
mostrar o que realmente importa para a sociedade, a preservação e a valorização
da vida", finalizou a Secretária de Articulação Sindical do Sintep/MT, Maria
Luiza Zanirato.