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Cerca de 250 estudantes do Ensino Médio da Baixada Cuiabana, lotaram o auditório do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), nesta terça-feira (19.12), no I Encontro com estudantes da regional Oeste I. No debate, temas sobre a Reforma do Ensino Médio, projeto da Escola Sem Partido, Lei do Teto de Gastos (congelamento de investimentos públicos) e organização de Grêmio Estudantil, apresentadas pelo presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, e representantes da Associação dos Estudantes Secundaristas de Mato Grosso (AME).
Lopes abordou os impactos das reformas do Governo Federal promove na vida dos estudantes, com mais destaque à reforma do Ensino Médio. Um dos pontos apontados foi a propalada ampliação das horas/aulas nas escolas de período integral. “Para oferecer Educação em tempo integral, a escola precisa ter boas instalações (vestiário, banheiros, alojamentos para descanso), boa estrutura, assim como internet de qualidade para a realização de atividades, o que não ocorre”, destacou ele.
Outro ponto tratado dessa Reforma foi a proposta de itinerários formativos, os quais parcelam o conhecimento dos estudantes. “A formação tem que ser completa é preciso garantir o conhecimento por inteiro e não apenas em partes”, destaca.
O argumento do presidente foi reforçado pelo outro palestrante, Gabriel Henrique, vice-presidente da AME, que fez a seguinte colocação: “Se a Reforma é tão positiva para a qualidade da educação, porque as escolas privadas e os institutos federais não adotaram as medidas?”, questionou.
Gabriel Henrique destacou ainda, que foi por meio das políticas públicas progressistas ele teve a oportunidade de ser o primeiro membro da família a ingressar no Ensino Superior, em 2017. O estudantes defendeu o enfrentamento para assegurar as conquistas estudantis consolidadas ao longo das últimas décadas (cota, projetos de incentivo à docência, entre outros).
Ainda na sua abordagem falou sobre o projeto da Escola Sem Partido destacando as contradições e impedimentos que o projeto traz para o espaço escolar. “Proibir que se fale sobre gênero ou limitar o debate religioso ao cristianismo, é colocar uma mordaça nos estudantes. Pior ainda é inserir a discussão de gênero dentro das aulas de religião”, disse.
Para reverter o quadro de retrocesso o dirigente da AME destacou a importância dos grêmios estudantis, destacando a luta feita no estado e a conquista da unificação contra os projetos de Parceria Público Privadas (PPP). O tema grêmio estudantil foi tratado por outro diretor da AME, Leonardo Rondon. Ele descreveu para os estudantes a atuação e relevância do papel das agremiações no espaço escolar.
A estudante da Escola Estadual Ana Tereza Albernaz, de Chapada dos Guimaraes, Juliana Beatriz, relata que a unidade vivenciou a experiência de grêmios na escola, mas que foi desfeito quando houve uma mudança do espaço escolar. Apesar disso, Juliana acredita que os colegas tenham entendimento do papel político na luta estudantil.
Por sua vez, o aluno da Escola Estadual Filogônio Corrêa, do Distrito da Guia, Kennedy Xavier, ignorava os temas do debatidos, e defendeu que a escola tenha atividade externas para que os estudantes possam interagir e participar do processo de construção do conhecimento.
As atividades foram encerradas com apresentações culturais dos municípios que integram a regional Chapadas dos Guimarães, Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Jangada, Acorizal, Barão de Melgaço, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Cuiabá e Distrito da Guia.
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Assessoria Sintep/MT
