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Uma notícia divulgada na semana passada, dia 27.02, em um site de notícias de Rondonópolis (228 km da capital) surpreendeu os profissionais da educação que trabalham em uma escola pública do município. Diante de inúmeros ataques aos direitos trabalhistas e sociais promovidos pelo Governo Federal, com apoio de parlamentares eleitos para defender os direitos da população, um cartaz, em que entidade representativa dos trabalhadores e trabalhadoras da educação cobra posicionamento dos parlamentares federais de Mato Grosso contra a reforma da Previdência, foi acusado de ser eleitoreiro.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), responsável pela produção do material, destaca que esta é mais uma tentativa de desviar o foco da luta dos/as profissionais que cobram o posicionamento dos deputados que apoiam a Reforma da Previdência em detrimento dos/as trabalhadores/as. “É preciso que os profissionais e toda a comunidade escolar, percebam as tentativas de obstrução da luta por direitos”, destacou a presidenta da Subsede de Rondonópolis, Maria Celma de Oliveira.
“Somos um Sindicato que tem posicionamento ideológico e político, quando escolhemos defender os interesses da nossa categoria e de toda a classe trabalhadora”. É histórico, nos quase 53 anos de luta sindical, que nos posicionamos em favor da classe trabalhadora, reafirmamos nosso posicionamento político-ideológico em defesa da Constituição Federal’, acrescentou.
A fala da presidenta responde a um trecho da notícia, que em tom de acusação destaca que os cartazes teriam posicionamento político-ideológico. A matéria afirma ainda, que o material distribuído pelo Sindicato tem objetivos eleitoreiros e, sendo divulgado em uma escola pública, estaria ferindo a legislação eleitoral. “O cartaz não traz nenhuma propaganda e sim um posicionamento de cobrança, a toda a bancada federal, definida coletivamente pela categoria em Assembleia Geral do Sintep/MT, sobre o tema”; reafirma a também secretária de assuntos jurídicos do Sintep/MT, Maria Celma.
Ela destaca que muitos profissionais da educação manifestaram repúdio à miopia posta pela notícia, que inclusive tem um posicionamento político-ideológico quando ataca a entidade sindical. A educadora registra que a indignação deveria recair sobre as péssimas condições de infraestrutura da escola que há muito tempo está precisando de uma reforma geral (sem ar-condicionado, com banheiros precários, sem biblioteca atualizada, laboratório de informática sucateado, falta de refeitório, salas de aula com goteiras) e tantas outras precariedades.
“Reafirmamos nosso posicionamento na defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores/as e por políticas públicas para a classe trabalhadora. A comunidade escolar tem o direito de saber sim, sobre quem votou e vota contra ou a favor dos direitos do povo. É papel do Sindicato esclarecer, denunciar e lutar para que os direitos da categoria e da classe trabalhadora não sejam retirados com o objetivo de manter os privilégios de quem não precisa, atendendo às exigências do grande capital. Como cidadãos conscientes, não aceitaremos nenhum retrocesso e continuaremos exigindo respeito aos nossos Direitos”, concluiu a presidenta da subsede do Sintep de Rondonópolis.
Assessoria/Sintep-MT
